Durante todo o mês de junho, os estudantes das oficinas do Centro de Artes do Colégio Medianeira estiveram envolvidos no Mostrarte, momento em que apresentam às famílias e aos educadores as atividades desenvolvidas durante o primeiro semestre. Muito mais que a aprendizagem de uma linguagem artística, o Centro de Artes se preocupa com o diálogo entre as turmas e as vertentes. Prova recente dessa interação é o vídeo produzido pelos estudantes de cinema e violino para a campanha promovida pela Federação Latino-Americana dos Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI), em celebração ao dia mundial do refugiado (20 de junho).
Segundo Martinha Vieira, coordenadora no Centro de Artes, o Mostrarte é uma importante ferramenta, pois coloca a comunidade educativa em contato com o processo pedagógico e criativo de cada linguagem. “Não é uma apresentação. Tem comentários, explicações. E tem alguns momentos em que as turmas, que estão em etapas diferentes, estão juntas. Isso dá uma noção de processo”, comentou a educadora.
Para Sérgio Betini, professor da Oficina de Violino, o Mostrarte é uma oportunidade para que os pais e responsáveis conheçam mais sobre as atividades que os estudantes desenvolvem no colégio. “As aulas são muito importantes. Nós temos o tempo e espaço, então o resultado é muito interessante. As famílias ficam muito surpresas com a motivação e com a produtividade”, explica Betini.
“Depois que os pais assistem as crianças muita coisa muda e melhora. É muito positivo”
Alex Zanão, professor da Oficina de Violão
A opinião é compartilhada por Alex Zanão, da Oficina de Violão, que reitera o papel da família no processo educativo e da aprendizagem em sua integralidade. “Depois que os pais assistem as crianças muita coisa muda e melhora. É muito positivo”, disse. Martinha relembra ainda que é comum a interação da plateia durante o Mostrarte, perguntando sobre as atividades e as técnicas desenvolvidas em cada uma das oficinas.
De acordo com Martinha, a relação entre as diferentes oficinas é pautada pela Aprendizagem Integral. “O estudante que está em uma das oficinas está se construindo. Ele está ali aprendendo a viver e a lidar com uma determinada emoção, transformando aquilo em criação”, comenta.
Regina Lecheta, professora na Oficina de Artes Visuais, afirma que o Mostrarte é também a chance de a criança se ver como protagonista, sendo observada pelos demais e sendo artista. “Não trabalhamos só com a finalização, mas com um processo de formação. E esse é um trabalho, no sentido de grandeza, bastante importante”, resume e completa: “O desenvolvimento humano dos estudantes que estão nas oficinas é muito grande.”
Como orienta o Projeto Educativo Comum (PEC), a construção do conhecimento se dá pelo contato entre diferentes atores e disciplinas, concebendo uma educação plural e alicerçada na fé e na justiça social. O Centro de Artes é peça-chave na formação de homens e mulheres competentes, conscientes, compassivos e comprometidos e que, graças ao seu olhar crítico e criativo, conseguem ler e interpretar diferentes realidades.
Fonte: Colégio Medianeira (Curitiba/PR)