De 10 a 12 de agosto, cerca de 120 estudantes do Ensino Médio participaram da 4ª edição da NUJe – Nações Unidas do Jesuítas, projeto de simulação da Organização das Nações Unidas (ONU), do Colégio dos Jesuítas, em Juiz de Fora (MG).
Segundo o diretor acadêmico do Colégio dos Jesuítas, professor Francisco Juceme Rodrigues do Nascimento, o evento em si foi o ponto culminante do processo, mas a preparação para os debates e demais atividades começaram bem antes. “Desde o primeiro semestre deste ano, os alunos estudaram os temas que foram debatidos no Conselho de Direitos Humanos (Redes de tráfico: uma abordagem para os direitos humanos), no Conselho de Segurança (Guerra na Síria: as ameaças de um mundo polarizado) e na Assembleia Geral (Globalização em xeque: desafios para o mundo atual)”, explica. Para ele, participar da NUJe fomenta o desejo de conhecer e buscar mais sobre os assuntos que envolvem o cenário internacional, proporcionando o prazer pelo saber e engrandecendo tanto academicamente como individualmente todos que dela participam. “Esse tipo de atividade solidifica o senso crítico, a percepção e a lógica que são necessários para estabelecer estratégias e acordos que perpassam por múltiplos interesses divergentes. Ademais, aguça a criatividade ao colocar o aluno em contato com diversas culturas”, destaca.
“Esse tipo de atividade solidifica o senso crítico, a percepção e a lógica que são necessários para estabelecer estratégias e acordos que perpassam por múltiplos interesses divergentes”
Professor Francisco Nascimento, diretor acadêmico do Colégio dos Jesuítas
Desenvolvido na perspectiva da formação para a liderança, o projeto buscou sensibilizar os jovens para que tenham, na justiça e no serviço, seus principais compromissos. Desse modo, seguir os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e visar à paz mundial contribuíram para o sucesso nos debates. “Como simulação da ONU, organismo que tem por principais objetivos manter a paz mundial e assegurar que os Direitos Humanos sejam cumpridos, é notável o esforço que os delegados realizam para elevar as condições de vida e a segurança das populações de suas respectivas delegações, o que se transfere, passado o momento ‘diplomático’, para o cotidiano dos alunos. Isso faz com que eles busquem, em suas ações diárias e no que lhes é possível, ter uma visão humanitária e solidária”, partilha Nascimento.
O processo, desenvolvido para estimular o protagonismo dos estudantes, incentiva a autonomia conferida aos jovens pelos educadores do Colégio, acentuando o comprometimento e o senso de responsabilidade dos integrantes da NUJe. “Participar das Nações Unidas do Jesuítas foi uma das experiências mais enriquecedoras de todo o meu Ensino Médio. O projeto fomentou em mim conceitos que vão muito além de um simples debate de ideias. Aprendi a ter senso crítico e percebi que, junto, alcancei noções geopolíticas, sociais, econômicas e de cidadania, que me trouxeram ganhos imensuráveis na minha vida cidadã e acadêmica”, afirma o antigo aluno do colégio, Moisés Moura Candido Neto, que atuou como Delegado dos Estados Unidos (EUA), em 2015, e na Mesa Diretora do Conselho de Segurança, em 2016.
Nessa edição, além da delegação, estudantes desenvolveram trabalhos no Comitê de Comunicação (responsável pela divulgação e cobertura midiática das atividades), no Comitê de Cultura (responsável por ampliar o conhecimento dos participantes em relação à cultura de outros países) e no Staff (responsável por toda a logística do projeto).
Fonte: Colégio dos Jesuítas (Juiz de Fora/MG)