Deslocados: um grito de humanidade

Em novembro, na carta da CPAL (Conferência dos Provinciais na América-Latina e Caribe), o padre Gustavo Calderón, provincial do Equador, falou sobre a questão dos refugiados. Abaixo, compartilhamos como este trabalho está sendo realizado no país. A íntegra da mensagem está na página 20 da 50ª edição do informativo Em Companhia.

 

“Para isso, organizamos abrigos no sul de Quito. Apoiamos as Escolas de Cidadania e Direitos Humanos, que é uma proposta de acompanhamento formativo e de fortalecimento de saberes, experiências e capacidades para o empoderamento da população deslocada em condições forçadas e com necessidade de proteção internacional. Nós lideramos, a partir da Rede Clamor, formada por outras entidades da Igreja e civis, as ações de acolhimento, proteção e integração de nossos irmãos deslocados. Atendemos em três locais de fronteira as situações diárias que surgem. Em coordenação com a Pontifícia Universidade Católica, o JRS Equador acompanha as famílias a partir dos consultórios jurídicos gratuitos, do centro de psicologia aplicada ou a formação em empreendimentos produtivos. Além disso, temos recebido famílias em nossos centros educacionais de Fé e Alegria e no Centro del Muchacho Trabajador (CMT). Juntamente com o Hogar de Cristo, em Guayaquil, temos dado alojamento temporário a cerca de 7 mil pessoas que passaram desde maio.

Estamos hoje chamados a acompanhar e servir os migrantes em seus deslocamentos, partilhando o pão com eles, fazendo nossos os seus sofrimentos e lutas, enquanto trabalhamos para transformar um sistema que esgota os recursos naturais dos pobres, reforça regimes autoritários e alimenta conflitos bélicos, para, em seguida, fechar fronteiras e olhos diante de milhões de pessoas que batem às nossas portas como resultado de tudo isso (Arturo Sosa, SJ, Superior Geral da Companhia de Jesus)”

Pe. Gustavo Calderón, SJ

Provincial do Equador

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