Em seu último compromisso oficial no Japão, o Papa Francisco visitou, em Tóquio, a Universidade Sophia, dirigida pelos jesuítas, para um dia de celebração na Capela Kulturzentrum juntamente com os membros da Companhia de Jesus, no dia 26 de novembro. Além do café da manhã e encontro privado com o Colégio Máximo, o Pontífice visitou ainda os sacerdotes idosos e enfermos e, por fim, discursou no auditório.
Em agradecimento, o Papa salientou a estima do povo japonês pela Igreja Católica, fez menção à memória de São Francisco Xavier, o primeiro missionário a chegar no Japão, além de demonstrar o desejo que este respeito mútuo possa aumentar no futuro, uma vez que “a sociedade japonesa deseja e procura algo mais: um anseio profundo de criar uma sociedade cada vez mais humana, compassiva e misericordiosa”.
“Minha estada neste país foi breve, mas intensa. Agradeço a Deus e a todo o povo japonês pela oportunidade de visitar este país, que marcou fortemente a vida de São Francisco Xavier e no qual tantos mártires deram testemunho da sua fé cristã. Embora os cristãos sejam uma minoria, sente-se a sua presença”, disse o Papa.
Francisco frisou que, em “tempos de uma sociedade tão competitiva e tecnologicamente orientada”, a Universidade Sophia deveria ser não somente um centro de produção e formação intelectual, mas também um local para construir uma sociedade e um futuro melhores. Para isso, é necessário manter a autonomia e liberdade das universidades, defendeu o Pontífice.
“Dado que as universidades continuam sendo o lugar principal onde se formam os futuros líderes, é preciso que o conhecimento e a cultura em toda a sua amplitude inspirem todos os aspectos das instituições educacionais, tornando-se cada vez mais inclusivas e capazes de gerar oportunidades e promoção social”, ressaltou Francisco.
Fundada em 1923 e com origens que remontam há mais de 450 anos, com a chegada de São Francisco Xavier e a ideia de difundir o cristianismo, a Universidade Sophia se distingue por uma identidade humanista, cristã e internacional.
No discurso voltado para a juventude, o Santo Padre disse ainda que a tradição inaciana, na qual está baseada a universidade, deve orientar professores e alunos na criação de uma atmosfera de reflexão e discernimento, voltada para a integração dos jovens e sua participação, “oferecendo ideias e partilhando sua visão e esperanças para o futuro”.
O Papa concluiu o encontro exprimindo o desejo de que a reflexão possa estimular jovens, professores e funcionários da Universidade Sophia a permanecerem na tradição cristã e humanista de “caminhar com os pobres e os marginalizados do nosso mundo”, recordando as Preferências Apostólicas confirmadas por ele à Companhia. “O Senhor e a Sua Igreja contam com vocês como protagonistas na missão de buscar, encontrar e difundir a Sabedoria divina e oferecer alegria e esperança à sociedade atual”, disse.
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Fonte: Vatican News