Uma série de iniciativas está sendo desenvolvida pelo Ecossistema de Inovação da Unisinos – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, com o objetivo de enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). São medidas que visam auxiliar profissionais de saúde, melhorando o processo de atendimento e a comunicação com a sociedade.
Diante da escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a Unisinos, em parceria com o Tecnosinos e a startup X4 Tecnologia, desenvolveu um projeto de baixo custo para confecção de protetores faciais, utilizando a tecnologia de corte a laser. O protetor facial é recomendado como complemento às máscaras, como a N95, que são utilizadas por médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente no combate à pandemia.
As primeiras 200 unidades foram entregues, na forma de kits, nesta quarta-feira (1/4), para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Corpo de Bombeiros, ambos de São Leopoldo (RS), além do Hospital Espírita de Porto Alegre (RS) e a Secretaria de Saúde de Esteio (RS). A diretora do Tecnosinos, Susana Kakuta, reforçou a importância da união da sociedade no combate à pandemia. “Essa é uma das entregas que o nosso ecossistema está realizando. Nós estamos trabalhando, juntos, na busca de soluções inovadoras para este momento, tanto com a sociedade civil como com as empresas do parque. Nessa semana, finalizaremos um aplicativo de autotriagem e chat de aconselhamento para as questões relacionadas aos sintomas da Covid-19. Também estamos realizando consertos de respiradores, equipamentos necessários para o tratamento da doença. Além da implantação de um laboratório de testes para atender não só o Vale do Sinos, mas todo o Estado”, destaca Susana.
Segundo Thiago Merib, sócio da X4 Tecnologia, para desenvolver o protetor facial, foram analisados diversos projetos que utilizam a tecnologia de impressão 3D. “Percebemos que o tempo médio de produção era de cerca de duas horas por peça. Queríamos ganhar agilidade e reduzir o custo. Para tal, realizamos um redesign do protetor, com impressão de todas as peças por meio da tecnologia de corte a laser. Com isso, é possível produzir cerca de 30 unidades por hora”, conta Merib.
Além do ganho de tempo, o custo médio de cada máscara cai de R$ 20,00 para cerca de R$ 3,00, o que facilita a produção. Os primeiros protótipos foram realizados e testados na Escola Técnica Porto Alegre (Unitec). De acordo com Merib, o projeto tem capacidade para produzir até 400 unidades por dia.
O projeto também vai ser disponibilizado de forma gratuita para download, com instruções para impressão e montagem.
Compromisso e solidariedade
A ação faz parte de uma rede de solidariedade criada para ajudar no combate ao coronavírus. Os insumos estão sendo doados por jesuítas da Unisinos, empresas, startups, funcionários do Tecnosinos e pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (ACIST-SL). O projeto conta com apoio das Escolas de Saúde e Politécnica da Unisinos.
As empresas e pessoas interessadas em ajudar devem entrar em contato com o Tecnosinos, por meio do telefone (51) 99729-9001 ou pelo e-mail unitec@unisinos.br.
Foto: Rodrigo W. Blum