“Se nos nossos países se respira medo, nós, ao invés estamos cheios de esperança”. Com essas palavras mais de 1.500 jovens europeus lançaram um apelo de paz aos jovens de todo o mundo. Três dias de trabalhos, organizados pela Comunidade romana de Santo Egídio, que tiveram o seu ápice com a peregrinação a Auschwitz—Birkenau.
De fato, concluiu-se no último sábado com um apelo à paz, lançado a partir do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, a terceira edição do encontro internacional de “Jovens europeus por um mundo sem violência” organizado pela Comunidade romana de Santo Egídio.
Mil e quinhentos jovens refletiram ao longo de três dias sobre a questão da violência no mundo. Ponto culminante do encontro foi a peregrinação a Aushwitz, onde os jovens num silêncio surpreendente e emocionante, detiveram-se em frente das lápides que recordam as vítimas desse calvário do século XX. Pouco antes, oito deles tinham depositado duas coroas de flores: uma perante a lápide memorial das vítimas hebraicas e outra em recordação das vítimas ciganas. Calcula-se que tenham sido levados para o campo de Auschwitz-Birkenau um milhão e trezentos mil deportados, um milhão e cem mil dos quais foram mortos.
O cortejo dos jovens atravessou, na parte da tarde, o tristemente famoso arco da torre do guarda e dirigiu-se, ao som do Requiem para Auschwits de Pedderecki, às linhas de ferro da última estação dos numerosos comboios de homens, mulheres, jovens, crianças e velhos levados como bestas para esse campo de morte. Na parte da manhã, os jovens tinham visitado o museu do campo, tomando assim conhecimento de aspectos da vida quotidiana dos prisioneiros.
Os três dias de trabalho dos jovens contaram também com um encontro com o Arcebispo de Cracóvia, no Santuário da Divina Misericórdia. Recordando a figura de João Paulo II e de Santa Faustina, o Cardeal Estanislau Dziwisz disse-lhes que a luz de Cristo irradia no mundo, graças a testemunhos corajosos. No apelo final do encontro, os jovens dizem “Não” ao anti-semitismo, a todas as formas de racismo, coisas que confundem a mente e abrem caminho para a barbárie.
Fonte: Rádio Vaticana