home

PUC-Rio renova Conselho com ex-alunos como Armínio Fraga e mira fundo patrimonial

A PUC-Rio está reformulando o seu Conselho de Desenvolvimento, trazendo para perto ex-alunos como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, e a vice-presidente global de tecnologia da Coca-Cola, Simone Grossmann. São 17 novos nomes e 6 reconduções em um colegiado que tem como missão assessorar a reitoria em temas estratégicos. Também fazem parte do colegiado a médica Margareth Dalcolmo e Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE e também ex-aluno.

Ainda tentando equilibrar as finanças após a universidade perder 30% dos alunos na pandemia, o reitor Anderson Pedroso, padre da congregação dos Jesuítas que assumiu o posto na pandemia, busca uma aproximação com ex-alunos e o setor privado — ampliando parcerias e investimentos em pesquisa e visando a constituição de um fundo patrimonial.

Queremos estimular a criação de uma cultura de comprometimento. Não se leva a frente uma universidade tão potente como a PUC-Rio se não tivermos toda a sociedade civil junta. Precisamos engajar antigos alunos, que precisam encontrar aqui um lugar para expressar a gratidão pela instituição. E criar uma cultura de inovação, de visão de futuro — diz. O reitor está aprimorando os órgãos de compliance e transparência financeira e quer transformar o Conselho em um órgão mais ativo, com grupos de trabalho e trocas mais frequentes. Hoje o conselho se reúne duas vezes por ano apenas.

Fundo Patrimonial

O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, ex-aluno da engenharia da PUC-Rio, está deixando o conselho para assumir um papel mais proativo na Associação dos Antigos Alunos, engajando os alumni a doar para a universidade. Os planos do padre Anderson são ambiciosos: levantar R$ 500 milhões nos próximos dez anos, ampliando o programa de bolsas de estudos e garantindo a sustentabilidade e a modernização da instituição.

— Fiquei muito honrado com o convite para fazer parte do conselho. A PUC é um espaço de excelência acadêmica muito importante para o Rio — disse Armínio Fraga, que acredita que a meta de R$ 500 milhões é “ambiciosa, mas não absurda”. — Se o Brasil ajudar e o Rio ajudar, pode até ser que ocorra — diz. — Fui do Conselho da Universidade Princeton. De vez em quando aparecia um ex-aluno que tinha criado um negócio bilionário fazendo uma super doação. Isso é menos comum aqui. Precisamos garantir também um fluxo de doação menor de mais ex-alunos.

O padre Anderson tem a ambição de universalizar as bolsas de estudo. Hoje 40% dos alunos 9,1 mil alunos de graduação são bolsistas, sendo metade custeadas por bolsas do ProUni e metade com bolsas parciais ou integrais da própria PUC, que também oferece ajuda de custo de alimentação e transporte para os bolsistas do ProUni.

Fonte: O Globo
Texto: Mariana Barbosa

Foto: Divulgação

Compartilhe

Últimas notícias

Comentários