Estudantes são os protagonistas no terceiro dia do II Congresso da RJE

A quinta-feira, 08 de agosto, terceiro dia do II Congresso da Rede Jesuíta de Educação Básica / VII Congresso Inaciano de Educação no Brasil, contou com o protagonismo dos estudantes dos colégios Loyola (MG), Escola Santo Afonso Rodriguez (PI), Santo Inácio (RJ), Diocesano (PI), São Luís (SP), São Francisco Xavier (SP), ETE FMC (MG), Jesuítas (MG), Antônio Vieira (BA), Catarinense (SC) e Medianeira (PR). Depois da oração da manhã, organizada pela Formação Cristã do Colégio Santo Inácio (RJ), aconteceu um momento de reflexão e partilha com Pe. Edson Tomé Pacheco, SJ, secretário para Juventudes e Vocações da Província dos Jesuítas do Brasil; Rosilene Oliveira, coordenadora de Formação Cristã do Colégio São Luís (SP); e  Aldeman Neto, SJ, coordenador de projetos do MAGIS Brasil. Logo após, os participantes ouviram as provocações estudantis sobre diversas temáticas, como o poder transformador da educação, a importância da formação integral, o engajamento político dos alunos, o crescimento humano para além da sala de aula e o impacto do ChatGPT na educação.

A importância da formação acadêmica e humana para os estudantes das instituições jesuítas de todo o Brasil foi abordado na apresentação de Maria Clara Feitosa, do Colégio Diocesano. “Estamos levados a entender desde cedo que mais do que aprender as matérias básicas encontradas em todas as escolas, como Geografia e História, nós devemos desenvolver e semear valores essenciais para toda a vida, como o respeito às diferenças, a empatia, o cuidado com o outro e, não menos importante, o protagonismo juvenil”. Para o estudante Lucas Pereira, do Colégio dos Jesuítas, “os inacianos têm uma vontade incrível de mudar o mundo”.

Os estudantes Joaquim Francisco Trindade e  Lorenna Gerodetti, ambos do Colégio São Luís, abordaram as atividades extracurriculares, como os projetos sociais, políticos e econômicos, que permitem a discussão de temas recorrentes e importantes para a sociedade. “O Colégio São Luís nos ensina a criticar, a ir contra o padrão e a tomar iniciativa, por meio das Preferências Apostólicas Universais e dos valores inacianos, todos ‘banhados’ pela contemporaneidade que nos rodeia. Inovar pela nossa experiência está em princípio com a nossa educação”, disse Joaquim Francisco. 

No meio da manhã aconteceram as mesas-redondas, que abordaram temas como os aspectos históricos e formativos da educação jesuíta, a sociedade contemporânea, os processos de inovação educacional, a formação de professores e o acompanhamento docente, a formação integral e o protagonismo estudantil, o currículo integrado e a inovação pedagógica, a liderança e gestão na perspectiva da formação integral e o trabalho em rede na Província dos Jesuítas do Brasil, com a participação dos coordenadores da Assistência Social e da Comunicação. A atividade foi ministrada pelos alunos que concluíram o mestrado e doutorado da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje). “A mesa-redonda 1 tratava sobre a Educação Jesuíta e os aspectos históricos. Foi um momento rico, porque falar sobre a educação jesuíta remete a entender pessoas, tempos e lugares, pessoas que foram marcantes para essa história de quase 500 anos da educação jesuíta. Porque a preocupação da Rede, quando inova, é pensar nesse processo sempre considerando as pessoas no centro. E aqui estão gestores, educadores, jesuítas que estão se colocando nesse horizonte para pensar aquilo que nessa mesa-redonda se tematizou em três teses, que é uma continuidade e até uma conexão da temática que foi colocada em comum. Então, avalio que esses espaços profundamente se identificam e relacionam com o tema do Congresso e com aquilo que a gente tem, para depois levar para nossas unidades e tornar isso uma resposta local”, avaliou o diretor acadêmico do Colégio Anchieta, em Porto Alegre (RS), Dário Schneider. 

A programação também envolveu apresentações de pôsteres, momento importante de troca de práticas educativas entre educadores da Rede. À tarde, foram realizadas diversas oficinas e a conferência Futuro da Educação, com Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (FGV-CEIPE), professora visitante na Faculdade de Educação de Harvard e ex-diretora global de Educação do Banco Mundial, e Rafael Parente, professor, autor da obra Como educar famílias para futuros desafiadores e ex-secretário de Educação do Distrito Federal (DF). A conversa foi mediada por Gustavo Borba, decano da Indústria Criativa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), conselheiro da Canadian Playful Schools Network (Recel/CPSN), palestrante e pesquisador na área do Design Estratégico. 

A professora e antiga aluna do Colégio São Luís (SP) Claudia Costin deu início à conferência compartilhando os desafios no futuro da educação brasileira. Entre eles, citou o ensino do desenvolvimento sustentável e o crescimento da inteligência artificial nas escolas. “O desafio da liderança escolar tem a ver com a extradição e inovação. É entender que a tarefa secular da educação é transmitir o conhecimento e as habilidades historicamente acumuladas para as novas gerações, mas também prepará-las para serem discutidas”. 

Logo em seguida, Rafael Parente expôs como as tecnologias podem qualificar inovações em educação, dentro da formação humana. Para o docente, há vantagens e desafios em utilizar as novas tecnologias, como a inteligência artificial. “Temos muitos desafios para resolver e a tecnologia vai nos ajudar, pois muitas responsabilidades caem sob as escolas e os professores, que formam os líderes que estarão comandando o mundo no futuro”. Antes do encerramento do dia, todos participaram da Pausa Inaciana. 

Veja aqui as fotos do terceiro dia do II Congresso.

Fonte: Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE)

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