O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares) deu início, no dia 21 de agosto, ao curso Polinizadores da Ecologia Integral, na Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), em Manaus. Esta é a primeira vez que o curso é oferecido em uma universidade, marcando um avanço significativo na disseminação de temas socioambientais e aproximando estudantes e professores da prática da ecologia integral.
O curso tem como objetivo capacitar os participantes para atuarem como multiplicadores em suas comunidades, promovendo o cuidado com a Casa Comum e a adoção de práticas sustentáveis.
Pe. Adriano Luís Hahn, SJ, coordenador de projetos do Sares, ressaltou a importância dessa abordagem no início da programação. “Começamos com uma mística, utilizando o canto e a dança para abrir um diálogo com a comunidade acadêmica, destacando a interconexão de todas as coisas. Em seguida, abordamos o documento Laudato Si’, a encíclica do Papa Francisco, que critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável, além de convocar uma ação global unificada para enfrentar a degradação ambiental e as mudanças climáticas. ”
Ao longo de seis módulos, facilitadores do Sares e professores convidados discutirão temas como a urgência climática, violações de direitos dos povos da Amazônia, direito à água, impactos dos megaprojetos e atividades extrativas. As aulas incluirão metodologias baseadas em documentos como Laudato Si’, Querida Amazônia e Laudate Deum, além de atividades práticas que incentivam a reflexão e a ação.
Simone Lisboa, coordenadora do curso de Serviço Social da Esbam, expressou sua satisfação com a parceria e a importância do curso “Os conteúdos e metodologias aplicados são um diferencial para os participantes. Trata-se de um tema de grande relevância, não apenas para a comunidade acadêmica, mas para toda a sociedade. Devemos ter o compromisso de rever nossas práticas cotidianas e a forma como nos relacionamos com a natureza, especialmente na conjuntura atual de crise climática, decorrente do impacto da intervenção humana e da política econômica mundial.”
O curso seguirá até 25 de setembro, com uma avaliação final baseada na apresentação de um artigo sobre experiências de cuidado com o planeta, requisito para obtenção do certificado. O encerramento contará com a socialização das experiências vivenciadas pelos participantes, criando um movimento de agentes transformadores e “polinizadores” da ecologia integral, capacitados a espalhar o cuidado com a Casa Comum em suas comunidades.
