Desde 03 até 13 de janeiro, uma comissão formada por dez representantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) está na China em uma viagem organizada pelo Instituto Confucius PUC-Rio, a convite da Hebei University. Com o objetivo de fortalecer laços acadêmicos e explorar novas parcerias estratégicas, a visita é liderada pelo reitor da PUC-Rio, Pe. Anderson Antonio Pedroso, SJ, e também inclui o presidente da Fundação Padre Leonel Franca, Pe. Roberto Barros Dias, SJ.
A delegação iniciou sua jornada com uma recepção especial na Hebei University, seguida de visitas a empresas líderes em energias renováveis e veículos elétricos. Pe. Anderson, reitor da PUC-Rio, descreveu a viagem como intensa e produtiva. “A visita está sendo excelente, somos sempre muito bem acolhidos pelos chineses, com quem cultivamos uma relação de confiança recíproca. Todos os encontros foram bem preparados. Implicam um ritmo e densidade próprios. Pedem diplomacia, profissionalismo e busca de colaboração institucional. Mas tudo isso passa também pelo pessoal: o diálogo, a gentileza e a disposição de ajudar-nos. Temos desafios parecidos em termos de desenvolvimento humano, tecnológico, acadêmico e socioambiental. Podemos encontrar soluções para nos ajudar mutuamente”, afirmou.
Outro encontro importante ocorreu na Academia de Ciência e Tecnologia, em Pequim, onde as conexões entre a tradição jesuíta e a história da PUC-Rio surpreenderam os anfitriões. “O diretor, ao entender que somos jesuítas e que a PUC é administrada pela Companhia de Jesus, ficou surpreso e nos convidou para uma visita especial ao Beijing Ancient Observatory. Ele mesmo foi o guia, destacando as importantes contribuições dos jesuítas para o conhecimento científico na China”, relatou Pe. Roberto.
A relação de confiança estabelecida ao longo dos encontros foi reforçada por essas conexões históricas. “Estudantes, professores e diretores da Academia expressaram reverência e satisfação ao fazerem as conexões entre nós, Matteo Ricci, os jesuítas e a PUC-Rio. Isso enriqueceu ainda mais a troca de ideias”, acrescentou Pe. Roberto.
Ainda em Pequim, os jesuítas brasileiros vivenciaram outro momento marcante: a visita ao túmulo do missionário Pe. Matteo Ricci, SJ. Localizado em um antigo seminário e igreja da Companhia de Jesus, o local tornou-se uma escola do Partido Comunista durante a revolução e, nos últimos anos, tem tido acesso restrito. “Trabalhamos meses e conseguimos visitar. É algo simbólico e o ponto alto para nós, os jesuítas”, destacou Pe. Anderson. Nascido na Itália, o jesuíta Matteo Ricci foi cientista, geógrafo e cartógrafo, sendo conhecido como fundador das modernas missões católicas na China.
Além dos momentos históricos, a agenda da comitiva incluiu negociações financeiras, busca por projetos patrocinados e visitas a universidades de ponta e indústrias de alta tecnologia. O reitor da PUC-Rio enfatizou os avanços tecnológicos chineses: “É incrível! O futuro já chegou”.
A viagem reforça a presença da universidade brasileira no cenário internacional, evidenciando seu compromisso com a inovação, pesquisa e colaboração global, promovendo soluções conjuntas para desafios acadêmicos e socioambientais.
Texto com informações da PUC-Rio