A imensidão branca da Antártica, suas transformações ao longo do tempo e o impacto das mudanças climáticas ganham uma nova forma de serem contadas por meio de um documentário produzido com imagens reais de expedições científicas. O filme é resultado da colaboração entre o projeto Paleoclima, sediado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas (itt Oceanon). Ainda em fase de inscrição em festivais, a produção propõe uma narrativa em que o próprio continente gelado assume o papel de protagonista e narrador de sua história.
A proposta de transformar o acervo audiovisual das viagens de pesquisa à Antártica em um filme surgiu a partir do encontro entre Gustavo de Almeida, que atua como aluno e pesquisador, e a equipe do projeto. Com acesso às imagens captadas por cientistas em campo, Gustavo percebeu ali um material raro, que merecia chegar ao público geral. “Mesmo sem pretensão cinematográfica, as imagens têm uma beleza e realidade únicas. Pouquíssimas pessoas no mundo têm acesso ao que é mostrado ali. Seria um desperdício não as transformar em filme”, afirma. Durante o processo criativo, ele se reuniu com pesquisadores ligados ao Paleoclima e ao itt Oceanon para entender quais histórias queriam contar. A ideia inicial evoluiu até que o roteiro ganhasse contornos poéticos.
Assista aqui: https://youtu.be/sWsJy3xTS2Q?feature=shared




