A Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje) recebeu no último sábado (23) o Seminário Cinquenta anos do Decreto 4 da Congregação Geral 32, reunindo jesuítas em formação e membros da comissão da Rede Jesuíta de Justiça Socioambiental (RJSA) em mesas de diálogo e oficinas temáticas. O Seminário aconteceu logo após o II Encontro Nacional da RJSA, realizado de 20 a 22 de agosto no mesmo local.
Durante os três dias anteriores ao Seminário, os participantes do Encontro se dedicaram a rememorar a trajetória recente da RJSA, avaliar a caminhada e avançar no planejamento estratégico, além de aprofundar temas da gestão da Rede como comunicação, mobilização de recursos e orçamento, e debater as estratégias de incidência em prol do cuidado com a Casa Comum e uma Ecologia Integral em defesa dos mais pobres e vulneráveis.
A organização dos eventos foi coordenada pela equipe do secretário para a promoção da justiça socioambiental, Pe. Jean Fábio Santana, SJ, com o apoio de Tatiane Sant’Ana, coordenadora de ação social da Província BRA, Kássia Sirlene Oliveira, assistente administrativa do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (Olma), e Pe. Jerfferson Amorim de Souza, SJ, assessor de relações institucionais do Serviço Jesuíta aos Migrantes e Refugiados (SJMR), que tem apoiado o secretário desde a conclusão do planejamento estratégico 2024-2029 até a execução do plano com passos concretos na missão da RJSA.
O Decreto 4 da Congregação Geral 32 e sua relevância atual
O Decreto 4 da Congregação Geral 32, promulgado há cinco décadas, estabeleceu que “a missão da Companhia de Jesus é o serviço da fé, do qual a promoção da justiça constitui uma exigência absoluta enquanto faz parte da reconciliação dos homens, exigida pela reconciliação dos mesmos com Deus.”
Pe. Ivo Follmann, SJ, que prestigiou o evento, destacou a importância fundamental do Seminário sobretudo sendo um evento diretamente dirigido para os estudantes jesuítas e colaboradores junto à obra jesuítas em formação.
“Essa dimensão da justiça socioambiental, o chamado apostolado social, mais do que nunca, deve estar presente em todas as nossas frentes, como uma espécie de frente, de luta contra toda uma onda de esvaziamento do humano na nossa sociedade”, afirmou Pe. Ivo que concluiu enfatizando a necessidade de preparação dos futuros jesuítas: “E hoje os jesuítas que estão se formando, que vão trabalhar nas diferentes obras, devem estar muito direcionados para isso.”




