O reitor da PUC-Rio, Pe. Josafá Carlos de Siqueira (foto), foi nomeado, novamente, por mais três anos ao cargo que ocupa desde julho de 2010. O documento foi assinado pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Em entrevista ao PUC Urgente, Pe. Josafá destaca as conquistas do período em que conduziu a universidade e afirma que a PUC-Rio, atualmente, conjuga os aspectos comunitários, sociais, religiosos e ambientais sem perder o êxito no ensino e a vocação de assistência à sociedade.
O senhor poderia fazer uma avaliação dos últimos três anos de administração?
Pe. Josafá Carlos de Siqueira: Foram três anos de consolidação de algumas metas em andamento, procurando manter uma vigilância permanente sobre a nossa frágil e sustentável estabilidade econômica; zelando pela manutenção de nosso modelo acadêmico tão reconhecido e inspirador para outras Universidades; consolidando a Agenda Ambiental institucional para continuar o nosso compromisso com a sustentabilidade socioambiental; adquirindo novos imóveis fora do campo principal para atender as demandadas internas; inaugurando o campus experimental de Tinguá em Nova Iguaçu e o novo espaço de medicina na Gávea; criando novos cursos de graduação; procurando manter uma política de bolsas que seja compatível com a nossa capacidade orçamentária, sempre voltada para a inclusão socioeducacional; iniciando o processo de ocupação do novo prédio da Petrobras, e estabelecendo uma nova política de internacionalização da PUC-Rio.
Como o senhor enxerga a PUC atualmente?
Pe. Josafá: Vejo a Universidade com diversos olhares: um olhar otimista de uma instituição que vive a maturidade acadêmica das opções feitas acertadamente ao longo da história. Uma universidade que soube integrar as dimensões acadêmicas com os aspectos comunitários, sociais, religiosos e ambientais, sem perder a excelência no ensino e a sua vocação e servir à sociedade. Um olhar de perplexidade pelas mudanças que estão ocorrendo na sociedade em nível global e local, que certamente terão repercussões nos nossos métodos e práticas de ensinar e pesquisar nas Universidades. Um olhar de preocupação com a preservação de nosso exitoso modelo, onde a excelência acadêmica está unida com uma forte dimensão de pertencimento institucional, e uma política de bolsas que tem permitido uma maior inclusão educacional de alunos com baixo poder aquisitivo. Vejo também a PUC-Rio com olhar de esperança, pois a abertura, o diálogo e o testemunho que temos dado na perspectiva acadêmica, social, religiosa e ambiental, nos mostram a importância de nossa instituição para educação, para a Igreja e para a sociedade nacional e internacional.
Quais são os planos para os próximos três anos?
Pe. Josafá: Dentre os novos desafios para os próximos anos, sublinho algumas metas: a construção do novo auditório de mil lugares, juntamente com mais 10 salas de aulas modernas; apoiar as estruturas acadêmicas da cultura de pertencimento institucional aos novos professores contratados; dar continuidade ao cumprimento das metas da Agenda Ambiental; apoiar o diálogo inter-religioso e as ações e projetos de caráter interdisciplinar entre os centros e os departamentos; acompanhar e apoiar as atividades do novo espaço da medicina da PUC-Rio, na Gávea; estreitar os vínculos com as Universidades Pontifícias no Brasil, e com as instituições de ensino superior da Companhia de Jesus no País, tendo em vista a unificação das províncias jesuíticas no território brasileiro.
O que essa recondução ao cargo de reitor significa para o senhor?
Pe. Josafá: Para mim significa a confirmação de uma missão que recebi da Igreja, da Companhia de Jesus, e do apoio que tenho recebido da comunidade educativa da PUC-Rio. Vejo o cargo de reitor não como privilégio de poder, mas como uma missão e serviço que modestamente procuro viver com alegria e entusiasmo, mesmo sabendo dos pequenos e grandes problemas que enfrentamos a cada dia. A recondução significa o apoio e a confiança que a comunidade educativa tem depositado em minhas mãos, sempre contando com a colaboração dos professores, alunos e funcionários. A recondução significa continuar fazendo o que é humanamente possível e, na fé, confiar plenamente em Deus como se tudo dependesse Dele.
Fonte: PUC-Rio