O câncer é uma das doenças com maior incidência na população mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que cerca de 75 milhões de pessoas viverão com a doença em 2030. Médicos ainda buscam respostas e pesquisam novas soluções para essa questão de saúde pública. E esse foi o tema central do 3º Simpósio Brasil-Espanha, que ocorreu nos dias 16 e 17 deste mês, em Porto Alegre. O evento é fruto da parceria entre a Escola Superior de Saúde Unisinos – Mãe de Deus e a Universidade de Salamanca.
Na abertura do encontro, o reitor da Unisinos, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, garantiu que avançar nessa parceria é um dos grandes objetivos da universidade. O professor destacou a importância da temática do simpósio. “Creio que o Brasil tem o compromisso, através da potencialização do Sistema Único de Saúde, de fazer com que a saúde seja um bem social”, pontuou.
“A abertura desse simpósio sucede a discussão na Câmara de Graduação da universidade, na semana passada, em que discutimos o projeto de um curso de Medicina. Posteriormente, esse curso será apresentado para discussão e aprovação do Conselho Universitário. Com isso, a Unisinos diz presente ao esforço que a nação está fazendo com que saúde de qualidade se estenda a todos os cidadãos brasileiros”, mencionou Pe. Marcelo.
A vice-reitora da instituição espanhola, Maria Angeles Serrano, destacou os resultados positivos que surgiram das outras duas edições do encontro, como o intercâmbio de pesquisadores entre as universidades. “A colaboração com o Brasil é uma das nossas estratégias”, disse.
Os especialistas
A professora do Departamento de Genética da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e pesquisadora do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, Dra. Patrícia Prolla, ministrou uma das palestras abordando o rastreamento do câncer em pacientes de alto risco. A médica trouxe casos reais como exemplos. “Estudos apontam que o rastreamento precoce muda drasticamente as chances de vida”, argumentou. Ela explicou ainda que muitos fatores podem determinar se um paciente possui alto risco de ter um câncer. O rastreamento é feito de acordo com cada caso, baseado no histórico familiar e em elementos pessoais.
Quanto ao evento, Patrícia ressaltou a importância desse tipo de troca de experiências entre profissionais da área de diferentes países. “Ambos os lados (Brasil e Espanha) tem muito a ganhar. Surgem novas ideias, propostas de parcerias, então é muito positivo”, avalia.
O Simpósio ainda abordou temáticas como câncer hereditário, a detecção precoce por lesão residual, a farmacogenética e a educação na prevenção do câncer.
Fonte: Unisinos