“A atuação do engenheiro têxtil é indispensável. Tem que ter a visão da cadeia como um todo e conhecimento para trabalhar no planejamento, organização e otimização dos processos industriais”, fala Camila Kolososki, 29 anos, sobre sua profissão. Formada pelo Centro Universitário da FEI em 2007, Camila diz que se entusiasmou pela área por capacitar o engenheiro têxtil a atuar em distintas áreas, seja em produção, marketing, varejo ou desenvolvimento de produto. “É uma área apaixonante e um mercado de muito potencial, que tem condições de ser aprimorado e trazer benefícios para o País.”
Camila é gerente de produção têxtil na Decathlon Brasil e tem entre suas principais atribuições a gestão de fornecedores da indústria têxtil e de vestuário. Isso compreende supervisionar projetos de desenvolvimento e industrialização de produtos, gerenciar indicadores de performance, realizar estudo de capacidade produtiva futura, gerenciar nível de qualidade e social de fornecedores, elaborar estratégias para o departamento e realizar recrutamento e seleção. Na empresa há mais de oito anos, Camila iniciou sua trajetória profissional com um estágio na BASF, na área de realização de ensaios no laboratório têxtil, que era alocado na FEI. A história de Camila é um dos muitos casos de sucesso de ex-alunos da Engenharia Têxtil da FEI. Cláudio Alves é outro exemplo. Formou-se na Instituição e hoje é gerente para América do Sul da Autoneum Brasil Têxteis Acústicos.
O curso de Engenharia Têxtil da FEI foi o primeiro do Brasil nessa área, iniciando suas atividades em 1964. Com duração de cinco anos (dez semestres), abrange disciplinas como controle de qualidade têxtil, beneficiamento têxtil, desenvolvimento de produtos têxteis, tecnologia da fiação, tecnologia da malharia e tecnologia da tecelagem, além de tecnologia dos não tecidos e tecidos técnicos. Recentemente, foi o primeiro do País a receber acreditação pelo sistema ARCU-SUL (Acreditação Regional de Cursos de Graduação). Concedido pelo MEC (Ministério da Educação), esse é um reconhecimento necessário para que a formação obtida no curso tenha validade nos países integrantes do Mercosul: Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Além de ampliar as perspectivas de trabalho dos diplomados em Engenharia Têxtil pela FEI, a acreditação representa um certificado de qualidade, que torna a Instituição referência número um no setor, no Brasil e também na América Sul.
A Engenharia Têxtil compreende as técnicas e os conhecimentos utilizados na fabricação e no tratamento de fibras, fios e tecidos e na confecção de roupas. O engenheiro têxtil projeta as instalações, os equipamentos e as linhas de produção de todos os elos da cadeia têxtil. Controla custos, processos industriais, como estamparia, tingimento, corte e costura, bem como a qualidade da matéria-prima e do produto final. Coordena o trabalho de operários e técnicos para concretizar os projetos de estilistas e designers. Com conhecimentos de marketing, pode também assessorar e orientar clientes.
“A indústria têxtil nacional passa por um período de reformulação do parque tecnológico e das competências técnicas dos trabalhadores. As empresas investem em automação e produtividade e na formação de pessoal com novas competências e habilidades”, explica a professora Camilla Borelli, coordenadora do curso de Engenharia Têxtil da FEI. As principais áreas de trabalho são as de processos químicos e bioquímicos, polímeros e nanotecnologia, além de gestão estratégica, financeira e de mercado. O profissional encontra, ainda, oportunidades no controle de qualidade de produtos importados.
Fonte: FEI