Eis que a prisão obscura onde me encontro me convida:
A Amar
A Esperançar
A Sonhar
Eis que meus olhos enxergam no cotidiano vácuo,
A beleza de abrir a janela, e perceber que o cotidiano é transcendência de mistérios tangíveis…
Eis que minha vida é mais do que aquilo que se vê,
Minha vida é felicidade de desassossego.
Eis que a vida é uma paz inquietante, uma hora ela afrouxa, uma hora solta…
Quem me dera conhecer todos os mistérios que corroem dentro de mim.
Eis que sou guiado por uma grande fome;
bendita seja a fome dentro de minh ‘alma.
Não quero jamais que ela se acabe.
Perderia o gosto de sonhar
De esperançar
De amar
De buscar…
Eis que o homem é um ser inquietante,
Inquieta-te tanto que sua alma só vives na busca de algo fora da materialidade.
Eis que o homem é uma realidade finita…
Mas eis que é Deus o princípio e fim do homem
É o absoluto de toda minha subjetividade…
Autor: Igor Cristiano Oliveira, SJ