Novas notícias sobre a morte do jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio (foto) se acrescentam as que foram publicadas nos últimos dias na imprensa internacional. Desta vez, as informações são divulgadas pelo “Observatório Sírio dos Direitos Humanos”, de Londres, que nos últimos dois anos, desde o início da revolta na Síria, desenvolveu uma rede de contatos com os rebeldes. “Ativistas da cidade de Raqqa, próximos do Pe. Paolo, confirmaram que o jesuíta italiano, mensageiro de paz, foi assassinado nas prisões do Estado Islâmico do Iraque e do Levante”.
A reportagem é de Viviana Mazza e publicada pelo jornal italiano Corriere della Sera, hoje (15). Segundo a matéria, “os ativistas de Raqqa dizem que Dall'Oglio retornara ilegalmente, pela fronteira turca na Síria, para cumprir 'uma missão', segundo escrevera no Facebook, no dia 27 de julho. Segundo os ativistas, é certo que ele tinha agendado um encontro com Abu Bakr Al Baghdadi, chefe do 'Estado Islâmico do Iraque e do Levante' para discutir a libertação de sequestrados e a sempre mais difícil convivência entre grupos e confissões na região e – segundo outras fontes – haveria uma centena de prisioneiros, entre os quais sírios alauditas (a minoria do presidente Assad), curdos e cristãos”.
No entanto, até o momento não se tem nenhuma foto ou algo de concreto que confirme o assassinato. O certo é que as vozes se multiplicam. Um jornalista do Líbano, de origem palestinense, Yasser Balata, disse que “outros dirigentes do Exército Sírio Livre, em Raqqa, já tem certeza que Padre Paolo Dall'Oglio foi assassinado”.
O jornal Answering Muslims, de Beirut, no Líbano, publicou matéria nesta quarta-feira (14), confirmando o assassinato do padre italiano. Segundo o texto, “rebeldes da Al-Qaeda na Síria executaram o jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio, que desapareceu no país no último mês”.
O Pe. Paolo Dall'Oglio, uma das vozes contra o presidente sírio Bashar al-Assad e alguns grupos rebeldes islâmicos, desapareceu na cidade controlada pelos rebeldes de Raqqa em 29 de julho. Ele serviu por três décadas no Mosteiro de São Moisés de Abissínio antes de ser expulso do país em 2012. Desde então, ele havia retornado para a Síria.
Fonte: IHU e Answering Muslims