O segundo dia do V Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), que este ano apresenta o tema “Além das fronteiras”, recebeu nesta terça-feira, dia 30 de outubro, a doutora em odontopediatria Almira Alves dos Santos e o chefe do gabinete da presidência da Seicho-no-ie, Junji Miyaura. Além deles, também estavam presentes, no auditório G1 da Unicap, as professoras do curso de espanhol do Yázigi Alejandra Patino e Sibele Dumke e a contadora de histórias da Fundação Joaquim Nabuco, Renata Holanda.
A professora Almira foi a primeira a falar. Ela primeiro contou um pouco da sua trajetória, de como começou a relacionar a educação em saúde com a literatura infanto-juvenil e contou algumas experiências da qual fez parte, para afirmar sua linha de pensamento sobre o assunto. “Sou formada em odontologia, mas fiz por algum tempo o curso de psicologia, onde não cheguei a finalizá-lo. Talvez essa visão extremamente técnica que o médico possui, me ajudou a extrair dos conceitos e definições dados à saúde e a educação, uma visão diferenciada na maneira como podemos abordar o tema com as crianças. Acredito, que apenas a informação não é necessária para uma mudança de comportamento. Um dentista, por exemplo, quando ele ensina o seu paciente a escovar os dentes, ele espera que na próxima consulta seus dentes estejam totalmente limpos. Será que de fato isso vai acontecer? Estudos científicos mostram que é necessário um planejamento, para que haja, de fato uma mudança de hábito”, destacou.
Almira também explicou um método, que de acordo com ela, é muito eficaz e busca explorar a sensorialidade das crianças, sendo feito através do uso da imaginação e de elementos que produzam boas sensações na leitura, reafirmando o desejo de ler. Por último, mandou uma mensagem para os que estavam presentes na palestra. “Procurem nos seus corações, no amor que vocês têm com a vida, achem lá no fundo da alma, a partir daí, vocês irão saber educar as crianças com perfeição”, finalizou.
Em seguida, Junji Miyaura, que tem mais de 25 livros editados, apresentou para o público um pouco da Seicho-no-ie e sua relação com as crianças. “A Seicho-no-ie surgiu como uma filosofia de vida e tornou-se uma religião por solicitações dos seus seguidores. Nossa crença defende que o mundo é uma criação divina, sendo o reflexo do nosso pensamento. Acreditamos que as crianças, antes de nascer, já são criaturas geniais. Pos isso, nosso método de educar extrai a potencialidade de cada uma ao invés de entulhar conhecimento”, explicou Junji.
Depois, as professoras do curso de espanhol do Yázigi Alejandra Patino e Sibele Dumke contaram um pouco da sua experiência em sala de aula e quais as técnicas utilizam para contar histórias em espanhol às crianças. Para elas, os alunos se sentem presentes quando são integrantes da história. “Nossa técnicas procuram usar o elemento surpresa para deixar todos atentos. O uso de bonecos de pano, ou paisagens feitas com produtos recicláveis produzidas pelos próprios alunos, ajudam a desenvolver a imaginação e o dom artístico de cada um”, ressaltou Sibele Dumke.
No fim da noite, a contadora de histórias da Fundaj, Renata Holanda, contou “A história de joaninhas”, de André Neves, interagindo diretamente com o público, pois ela utilizava um sino em que as pessoas tinham que abrir e fechar os olhos, à medida em que a história estava sendo contada.
Fonte: Assessoria Unicap