Alunos de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI desenvolveram o projeto ASA-V, um VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado capaz de monitorar fazendas de até 250 hectares em uma hora e captar imagens, dispensando o percurso a pé. Em comparação aos VANTs encontrados no mercado, que fazem esse mesmo trabalho, o ASA-V apresenta dois importantes diferenciais: pode voar de forma autônoma, ninguém precisa controlar, pois é pré-programado por celular, tablet ou computador; e tem um custo menor, está avaliado em cerca de R$ 60 mil (produzido com material nacional), enquanto produtos semelhantes ultrapassam 150 mil reais no mercado.
“Para possibilitar essa autonomia, foi instalado no ASA-V um sistema de piloto automático controlado por GPS, previamente programado por meio de notebook, tablet ou celular. Definida a missão, a aeronave realiza a decolagem, completa o percurso e faz o pouso sem a necessidade de intervenção”, explica Marcelo Macedo, integrante do grupo criador do projeto.
Alunos da FEI desenvolveram outros projetos para uso em áreas rurais. No interior, muitos proprietários enfrentam grandes problemas quando o gado rompe a cerca e acaba fugindo para estradas ou propriedades vizinhas, podendo até causar acidentes. Procurando minimizar esses transtornos, um grupo de estudantes de Engenharia Elétrica desenvolveu um sistema inovador de monitoramento de cercas, o iFarm, o único a identificar o local em que a cerca foi rompida.
Sensores instalados a cada 50 metros, nos postes de uma cerca, enviam informações constantes para um módulo central. Quando uma parte da cerca é rompida, o sistema detecta o local pelos sensores e instantaneamente envia ao proprietário um SMS, informando onde aconteceu o rompimento. “O envio do SMS permite ao proprietário agir rapidamente”, esclarece Felipe Ishak, membro do grupo. “O diferencial de nosso produto é que indica o ponto de rompimento da cerca, que muitas vezes é bem extensa”.
Extração da borracha
Outro projeto interessante dos estudantes de Engenharia Mecânica é o dispositivo que controla a extração da matéria-prima da borracha. “O objetivo do grupo foi desenvolver um equipamento que auxilie no processo de extração da borracha, de maneira a proporcionar melhor controle dos parâmetros de corte, maior segurança para o operador, menos agressão à árvore, e que seja de fácil manuseio, resultando num aumento da produção”, conta Mariana Gouvêa, integrante do grupo. Atualmente, esse processo de extração é feito manualmente e é necessária a utilização de mão de obra treinada. Isso dá mais margem a erros causando grande prejuízo às seringueiras e também diminuição da produção.
Os alunos apresentaram esses projetos no InovaFEI e na MecPlena, em dezembro de 2014. As exposições ocorrem semestralmente e reúnem os trabalhos de conclusão de curso dos estudantes da FEI.
Fonte | FEI