Aniversário da CAJU será celebrado nesta sexta-feira

Durante o mês de outubro, a CAJU (Casa da Juventude Pe. Burnier) comemora 28 anos de existência e de uma história em favor da juventude. A história da CAJU começa em 1983, quando o Pe. Albano Trinks, que nasceu no Rio Grande do Sul, vem para Goiânia e percebe a necessidade dos jovens da Arquidiocese da cidade de ter um local para se reunir. Neste momento, sentindo esta necessidade, ele faz a proposta para transformar a casa, que antes abrigava os padres da Universidade Católica de Goiás, em um Centro de Juventude. A ideia é aceita e, no final do ano de 1984, a Casa da Juventude Pe. Burnier é inaugurada.

A CAJU nasce do desejo de transformar a realidade dos jovens de Goiânia, e, durante todos esses anos, o envolvimento com as políticas públicas e o resgate da pessoa humana se transformaram em marcas do trabalho da CAJU. Atualmente mais de 300 jovens passam por dia no Instituto, que atua nos campos sociopolítico, educacional, profissional e religioso, além de prestar assessorias a grupos e entidades no Brasil e na América Latina.

O nome da CAJU é uma homenagem ao Pe. João Bosco Burnier, mártir da Igreja no Centro-Oeste e Santo, que deu sua vida pelos pobres em Ribeirão Bonito (MT). Sua vida inspira a Casa que leva seu nome, simbolizando o compromisso com a vida e com a justiça. Para comemorar essa data tão especial dia 19 de outubro, data da fundação da CAJU, será realizado um momento mais intenso de comemoração, com celebração às 11 horas, e confraternização. Mais informações pelo telefone (62) 4009-0339.

Em entrevista, o Diretor Pe. Nilson Marostica fala do trabalho da CAJU.

Como o senhor avalia o serviço da CAJU nesses 28 anos?

Aquilo que começou com um desejo de fazer algum trabalho em favor da juventude se transformou num imenso trabalho de atenção, assistência, formação, pesquisa sobre juventude empobrecida. Aquelas celebrações, encontros e reuniões com poucos jovens cresceram e deram lugar a um trabalho de envolvimento com os jovens, sua problemática, sua situação social e sua cidadania. A CAJU tem resgatado a imagem de Deus nesses jovens que foram desfigurados pelo pecado da opressão, miséria e desatenção. O envolvimento com as políticas públicas e o resgate da pessoa humana é a marca característica da CAJU nesses anos todos de trabalho, em que atendeu a muitos  jovens de todas as regiões de Goiânia, de Goiás e do Brasil.

Qual a importância do trabalho da Caju para a juventude?

A CAJU tem sido um espaço onde a juventude se encontra. Se encontra com outros jovens, se encontra com o Senhor, se liberta e se encontra consigo mesmo, encontrando o seu futuro. Temos testemunhos belíssimos de jovens que se apaixonaram pela casa e começaram um relacionamento com os colaboradores, com os jesuítas e toda sua metodologia, que decidiram seu futuro por ai, se envolveram com pesquisas, com formação e foram para a universidade querendo ser MAIS, querendo ser “Jovens para os Demais”. 

Quais as principais frente de trabalho da CAJU?

Destaco alguns projetos, como a “Escola de Formação de Lideranças”, que forma líderes para as comunidades. As Escolas de “Bíblia e Liturgia”, que forma jovens conscientes dentro das comunidades e paróquias. E as oficinas de “Economia Solidária”, que formam os jovens no conhecimento da realidade onde vivem e eles aprendem a dar a volta por cima. Além disso, a CAJU tem formado os formadores de Juventude, prestando um serviço de multiplicação dentro da Igreja e da Sociedade. Além de tudo isso, a casa também tem o seu papel de Assistência Social em várias frentes de carências da juventude goiana. 

Qual o papel da juventude na sociedade? O que precisa ser melhorado?

A juventude não é o futuro da sociedade. Ela é o presente! Se afirmarmos que a juventude é o futuro, estamos tirando o protagonismo dos jovens na vida da sociedade. Hoje são os jovens que decidem o futuro. Por isso, precisamos investir nos jovens de hoje. Como obra apostólica da Companhia de Jesus, a CAJU será modelo também dentro da Companhia, como é dentro da rede de Centros de Juventude.

Fonte: CAJU

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