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Aridez

Vendo a beleza das flores em minha volta,
sonhei que o meu amor por Ti fosse:
belo, esplendoroso, vicejante.

Em meu chão, porém, aridez.
Desnudaste-me como catingueira do sertão.

Murcha a flor de meu deserto,
que mais podia esperar?

Feito cacto, enraizei-me.
Sem muito me turbar,
Centrado na água,
que é vida em mim, cuidar.

Verde esperança, beleza árida.
Vigor, firmeza, constância.

Assim o meu Amor,
de flor, em cacto se converte.
Firme não fenece,
amanhece.

Autor: Pe. Moisés Nonato Quintela, SJ

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