Entre os dias 24 a 28 de junho, representantes do Centro Alternativo de Cultura (CAC) participou do Encontro Nacional de Geografia Agrária (EngaNGA), realizado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na cidade de São Luís, com o objetivo de compartilhar suas experiências em Educação Popular e Economia Solidária.
Com o tema Tecendo ReExistência: economia solidária, quintal produtivo e alimentos que curam – uma experiência de mulheres quilombolas na Amazônia paraense, o CAC apresentou a perspectiva da economia solidária desenvolvida em quintais produtivos localizados em territórios quilombolas. O relato de experiência do Sítio Ossain, apresentado por Makini Cardoso, moradora da Comunidade do Abacatal em Ananindeua (PA), foi um dos pontos altos do evento.
Desde 2022, o projeto Tecendo ReExistência acompanha o empreendimento do Sítio Ossain. No Grupo de Trabalho “Agroecologia, Autonomia Alimentar e Economia Solidária”, Makini foi acompanhada por Suelem Velasco, analista de projetos, Ingridy Ferreira, educadora social, ambas da equipe do CAC, e Maria Clara Cardoso, jovem quilombola e integrante do Sítio Ossain.
Makini Cardoso relatou a importância da iniciativa para sua comunidade quilombola: “Apresentei um relato de como vivo no meu território, o quilombo de Abacatal, e de como a minha família se mantém produzindo um alimento saudável que, para nós, não é só alimento; também é cura, resistência e modo de vida”. Ela destacou a importância das práticas de economia solidária em sua comunidade: “Vende-se o que sobra; se não sobra, não se vende. O interessante é ter aquilo para comer e compartilhar com quem vem ao território e até com outras pessoas que não vêm”.
O evento foi um espaço rico de troca de conhecimentos entre graduandos, professores, pesquisadores e integrantes de movimentos sociais de todo o Brasil. As discussões, centradas na temática do campo, promoveram a democratização e horizontalização dos debates, envolvendo múltiplas perspectivas e saberes.