O CEPAT (Centro de Promoção de Agentes de Transformação) promoveu mais uma edição do ciclo de encontros Juventude e Democracia. Com o tema Juventudes e cultura de paz, o encontro reuniu adolescentes e jovens na biblioteca do Colégio Estadual Polivalente, em Curitiba (PR), no dia 9 de novembro.
A oficina foi mediada pelos educomunicadores do coletivo Parafuso Educomunicação e abordou o questionamento O que é preciso para termos uma cultura de paz? Os jovens refletiram sobre respeito à diversidade, às mulheres e educação inclusiva, além de problematizarem questões como a importância de se colocar no lugar do outro, a desmilitarização das polícias e o diálogo inter-religioso.
A violência na história do Brasil
Durante a atividade, também foi exibido um trecho do primeiro episódio da série Lutas.doc (assista ao final da matéria), produzida pela Buriti Filmes e Gullane em coprodução com a TV Brasil. Já o vídeo Guerra sem fim? (assista no final da matéria) trouxe falas de especialistas, trechos de filmes nacionais e recursos de animação para relembrar conflitos históricos e desconstruir a ideia do povo brasileiro como pacífico e cordial. Com base no material, foram discutidas as consequências desse cenário em diferentes níveis, especialmente para a juventude.
Em meio a um contexto de violência urbana, a maioria das vítimas de homicídio no Brasil são homens jovens e negros, como aponta o vídeo Queremos ver os jovens vivos, da Anistia Internacional, exibido também na atividade. A partir dos filmes, os jovens debateram sobre criminalização da juventude de periferia, traduzida na frequência com a qual adolescentes de bairros periféricos são abordados em batidas policiais. “A violência influencia muito o jovem, porque é bem provável que ele faça o que viu quando era mais novo”, comenta Israel Rocha, de 20 anos, que integrou a atividade.
A comunicação no enfrentamento à violência
Os participantes foram também incentivados a produzir algum tipo de conteúdo com base na temática do encontro, como forma de alcançar outras pessoas a partir desse diálogo inicial. Eles se propuseram a produzir pequenos jogos (como caça-palavras e palavras cruzadas), um rap e uma paródia. “Por muitos anos, não combati a violência, mas sempre ajudei as vítimas. Para combater a cultura da violência, movimentos devem ser feitos, pessoas devem falar, devem compartilhar”, reflete o jovem João Vitor Campos, de 18 anos.
Fonte: Centro de Promoção de Agentes de Transformação – CEPAT (Curitiba/PR)