Colégio Loyola celebra 70 anos de fundação

Formar cidadãos para contribuir com a sociedade e manter o nível acadêmico elevado é uma tarefa delicada e nem sempre fácil. Mas, em 70 anos, o Colégio Loyola, instituição da Rede Jesuíta de Educação, provou que isso é possível. Várias gerações de alunos já estudaram no Loyola e mantém um grande carinho pela instituição. No colégio, aprenderam geografia, matemática, português, mas também a respeitar o outro, a valorizar a opinião alheia. Tornaram-se cidadãos que contribuem com a sociedade de forma positiva, através dos valores inacianos e do conhecimento e estão sempre incentivando o magis em cada um.

A história do Loyola começa em 1942, com um pedido do arcebispo Dom Antônio dos Santos Cabral ao provincial Pe. Luiz Riou. Ele queria estabelecer colégios católicos em Belo Horizonte. Para a missão, o provincial destacou os padres César Dainese e Paulo Nacca, responsáveis pelos primeiros estudos da fundação de um colégio jesuíta na capital mineira. Inaugurado em 25 de março de 1943, o Colégio Loyola celebra 70 anos de história em 2013, uma história que se confunde com a história dos próprios mineiros.

 Atual diretor-geral do Loyola, Pe. Germano Cord Neto (foto) assumiu o Colégio em 2011, e logo percebeu o comprometimento, o respeito e o carinho dos funcionários e de toda a comunidade educativa da instituição. “A escola me recebeu com muito carinho e abertura, valorizando minha presença como jesuíta. Logo pude trabalhar com todos, a cooperar e a governar. A comunidade do Loyola demonstra grande disponibilidade de trabalhar segundo o modo de proceder dos Jesuítas”, afirma Pe. Germano.

Trabalhando no Loyola há mais de 27 anos, a professora do Ensino Fundamental, Juliana Vidal Quintão, sempre se identificou com os valores jesuítas. Para ela, o respeito pelo outro e pelos alunos são marcas da instituição, que acabam alcançando não só os estudantes, mas também suas famílias.

“Mesmo depois que os filhos se formam, as famílias continuam se encontrando. O Loyola consegue atingir o coração de quem trabalha e estuda aqui. Essa ligação nasce do amor pela escola. Os valores humanos e os projetos sociais são coisas que os alunos vão levar para sempre em seus corações. Aqui eu aprendi a cuidar do outro. Ter respeito e educação com todos. Ao fazer uma crítica, por exemplo, fazê-la de uma maneira que não ofenda o outro”, conta Juliana.

Na foto, a professora Juliana com seus alunos do 1º Ano do Ensino Fundamental

Atualmente, mais de 2.500 alunos estudam no Loyola. O Colégio conta com teatro, biblioteca, atividades extracurriculares, programa de intercâmbio, além das atividades de Formação Cristã, como a Missão Rural, o Estágio Social e os DDF´s (Dia de Formação). Muitos alunos sentem saudades do Loyola, entre eles, a estudante de Direito e antiga aluna da década de 90, Isabela Camargo, 21 (foto).

“Sinto saudades sempre que passo na frente do Colégio. Sinto saudades também dos DDFs (Dias de Formação), que eram um momento de convivência diferente daquele do ambiente da escola. A descontração e reflexões desse dia nos proporcionavam conhecer o outro ao mesmo tempo em que a gente mesmo se conhecia. Sem contar que a comida de Vila Fátima é famosa até hoje. Não é à toa, tenho que admitir, que há dias que me pego desejando o bolo de cenoura com cobertura de chocolate”, disse a estudante.

Para Marcelo Missagia, 37, analista de TI e especialista em redes, que estudou no Colégio nos anos 80, o Loyola ajudou na sua formação profissional e ética. “O Loyola teve importância fundamental em minha formação e definição de caráter. Para mim, valores como ética e respeito ao próximo não vêm exclusivamente da educação recebida em casa. Acredito que, fundamentalmente, o Loyola me ensinou a aprender e não me dar por satisfeito com um conhecimento limitado”, afirmou Missagia.

Marcelo Missagia, ex-aluno do Colégio Loyola na década de 80, e sua família

A Pedagogia Inaciana é o alicerce dos colégios, universidades, faculdades e instituições de ensino dos Jesuítas, pois se fundamenta na formação integral, tanto no aspecto de desenvolver habilidades e competências, como na formação humana de cada um.

“O Colégio Loyola muito nos ensinou. Ensinou a compartilhar, a ser realmente amigo, a respeitar as pessoas e a valorizar o estudo como formação para a vida. Um exemplo da qualidade do ensino do Loyola, é que eu já no Curso de Direito, numa aula de psicologia, fiz uma prova de redação. A professora veio até mim, com minha prova e perguntou se eu havia sido aluno do Colégio Loyola. Perguntei como ela percebeu, e ela respondeu que era por causa da minha redação, a forma como tinha sido estruturada”, conta o desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e antigo aluno do Loyola, na década de 60, José Carlos Moreira Diniz, 62.

Admiração que passa de geração em geração, carinho, gratidão e união são sentimentos que marcam os 70 anos de história do Loyola. Uma história que começou na década de 40 e ainda hoje é lembrada pelos primeiros que passaram pelo Colégio. “Meus netos estudaram no Loyola por influência minha. Eu sempre falei muito bem do Colégio para os meus filhos”, afirma João Márcio Filizzola, 79, aluno da primeira turma do Loyola.

Fonte: Colégio Loyola

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