Colégio Medianeira promove Feira do Conhecimento

Os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental a 2ª série do Ensino Médio do Colégio Medianeira apresentaram a toda a comunidade educativa, na Feira do Conhecimento, os trabalhos de pesquisa realizados ao longo do ano. Com foco inter e pluridisciplinar, e compondo um importante diálogo entre os currículos das séries, a Feira demonstrou na prática o saber científico articulado às diferentes áreas do conhecimento.

Realizada em novembro, a Feira proporcionou espaços de aprendizagens por meio do debate, palestras e oficinas, além da troca de experiências e vivências entre os estudantes e a comunidade educativa. Os alunos do 5º ano trabalharam a riqueza cultural que forma o Brasil. As turmas do 6º e 7º anos tiveram como tema Casa comum: conhecer e cuidar. Os 8º anos focaram suas pesquisas na questão da cidadania e dos direitos humanos, enquanto os estudantes dos 9º anos tematizaram os sujeitos, as cultuas e as linguagens. E, por último, as 1ª e 2ª séries do Ensino Médio trabalharam o tema Do espaço local para o espaço global.

Para Fernando Guidini, diretor acadêmico da escola, a Feira do Conhecimento sistematiza todos os trabalhos de pesquisa concebidos durante o ano acadêmico. Segundo o educador, o evento permite que se olhe a trajetória de trabalho e das aprendizagens desenvolvidas pelos educandos nos núcleos de conhecimentos – Ciências Naturais e Exatas, Ciências Humanas e Linguagens. “Podemos perceber como esses conteúdos foram trabalhados ao longo do ano, o quanto os estudantes foram motivados por um projeto que envolvia esses núcleos, as aulas de campo, os momentos de formação, as atividades individuais e coletivas e como esses alunos, orientados pelos professores, foram compondo um mosaico de conhecimento”, afirma Guidini.

Ressignificar

As temáticas escolhidas pelas séries refletem os conteúdos abordados em sala de aula e nas atividades de campo. Mayco Delavy, responsável pelo Serviço de Orientação Pedagógica (SOP) dos 6º e 7º anos, enxerga a Feira do Conhecimento como a “a conclusão desse processo coletivo e individual de pesquisa”. Para o educador, trazer a discussão da Casa Comum e seus reflexos na sociedade, como foi realizado pelo Núcleo de Humanas da Unidade de Ensino, é uma maneira de ressignificar a maneira como o planeta é visto.

“A visão clássica de conhecimento é antropocêntrica e exploratória dos recursos naturais. Como instituição e como Rede, defendemos um conhecimento aberto e pautado no cuidado a todas as formas de vida. A ‘repercussão’ mais importante é a formação de seres humanos sensíveis ao cuidado desse espaço que é de todos”, explica Delavy.

A possibilidade de se trabalhar os conteúdos por muitos pontos de vista e em outros contextos permite aos estudantes criar um olhar amplo e plural. Danielle Stapassoli, do SOP do 5º ano, observa que, por meio do Núcleo de Linguagens, é possível que os estudantes percebam a herança cultural deixada por outros povos e que hoje compõe um rico patrimônio imaterial. “Os conteúdos dialogam por meio de estratégias que desenvolvem nas crianças as habilidades de leitura de diferentes tipos de textos e imagens, o que está explícito e implícito neles, além de favorecer o trabalho com a linguagem corporal também como expressão de ideias”, resume a educadora.

Articulação científica

Helena Gomes, da 2ª série do Ensino Médio, reforça o caráter de continuidade da Feira do Conhecimento. Segundo a estudante, a pesquisa científica e o trabalho em grupo fazem parte do cotidiano escolar do Medianeira. “O que aprendemos no colégio vai nos ajudar lá na frente. É muito importante trabalhar com as diferenças, saber pesquisar, descobrir o que é confiável e o que não é”, avaliou Helena, que realizou uma apresentação sobre fontes alternativas de energia.

A opinião é compartilhada por Paulo Sandrini, pai de um estudante do 6º ano, que acrescenta lembrando que o saber científico precisa ser valorizado e trabalhado dentro do ambiente escolar. “A gente muitas vezes não se decide pela área de humanas ou de exatas, porém, uma coisa está ligada à outra, tanto na questão da formação de repertório e no processo dialógico entre esses dois vieses. E, por isso, acho que a Feira do Conhecimento dá esse estímulo às crianças lidarem melhor com ciência no dia a dia e levar isso para a vida”, disse Sandrini.

A Feira do Conhecimento representa um momento de partilha e troca de experiências entre estudantes, educadores, famílias e comunidade externa, colocando em evidência a aprendizagem integral e o compromisso de fazer do mundo um lugar mais justo e fraterno.

 

Fonte: Colégio Medianeira (Curitiba/PR)

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