O Conselho Ampliado do Pe. Geral Arturo Sosa reuniu-se, virtualmente, para refletir sobre como vivenciar a pobreza religiosa na Companhia de Jesus. O tema, que já havia sido anunciado na carta do Pe. Sosa sobre o Ano Inaciano, permeou as discussões realizadas entre os dias 11 e 15 de janeiro. Mais de 20 pessoas de diferentes continentes participaram do encontro, entre as quais os Conselheiros Gerais, os seis presidentes das Conferências Jesuítas, os secretários dos Apostolados (Fé, Justiça e Ecologia, Educação Pré-escolar e Secundária, Ensino Superior) e o Ecônomo Geral.
O Padre Geral afirmou que a pobreza é um aspecto crucial das vidas dos jesuítas: “Queremos seguir o Cristo pobre, estar perto dele, acompanhá-lo em todos os lugares feridos do mundo. Nós o fazemos se somos realmente pobres, conhecemos a nossa total dependência de Deus e vivemos discernindo para onde o Espírito nos conduz”.
O Pe. Claudio Paul, assistente para os países do sul da América Latina, o Pe. Tom McClain, tesoureiro Geral, e o Pe. James Hanvey, secretário para o Serviço da Fé, desempenharam papéis fundamentais na preparação para o encontro.
“A pobreza evangélica faz parte da vida religiosa desde os primeiros tempos”, disse James Hanvey, acrescentando que “Santo Inácio, depois da conversão, a experimentou como uma fonte de energia apostólica e a desejou para todos os jesuítas. Inácio viu que pregar na pobreza também era uma marca da autenticidade do nosso testemunho. Acho que isso é mais importante do que nunca com tantas necessidades urgentes”.
Dentro desse contexto, Pe. Tom McClain completa: “O voto jesuíta de pobreza é único entre os institutos religiosos”. Ele acredita que “levado pelo espírito evangélico e apostólico da companhia com Cristo que cada jesuíta encontra e segue como resultado de seu chamado nos Exercícios Espirituais e, depois, guiado por uma única restrição nas Constituições: não viver da renda de bens materiais, mas das esmolas e da justa remuneração. Assim, somos tocados pela visão e pelas paixões do Senhor”.
Os membros do Conselho Ampliado também tiveram a oportunidade de compartilhar notícias sobre a experiência da pandemia do coronavírus e conversar sobre como ela está afetando a vida dos jesuítas, da Igreja e de nossas sociedades em todo o mundo. “Estes dias de consumismo e individualismo mostram, mais do que nunca, como somos chamados a uma vida de partilha, e que a solidariedade entre os seres humanos é uma necessidade e um valor fundamental”, disse o Pe. Arturo Sosa.
O último dia do encontro foi dedicado ao Ano Inaciano e avaliou-se o andamento de alguns projetos na Cúria e nas diferentes regiões do mundo. O objetivo era “sentir” como a perspectiva do Ano Inaciano, que começará em maio, pode realmente participar da renovação espiritual de todo o corpo da Companhia de Jesus.
Fonte: Site da Cúria Geral