Não há, entre os arqueólogos, quem não conheça o professor Pedro Ignacio Schmitz. (foto) Com mais de cinco décadas de dedicação profissional, o jesuíta, um dos fundadores da Unisinos, acumula honrarias das mais importantes do país, incluindo o título Doutor Honoris Causa da PUC-Goiás. “Até sou patrono de uma grande criação de minhocas num fantástico parque da PUC-GO”, faz questão de destacar com bom humor e simplicidade – qualidades que, afinal, sempre o acompanham.
É uma vasta trajetória de prêmios que parece não ter fim. Só na semana passada, Pedro Ignacio levou para casa mais duas distinções: a sensação de reconhecimento ao ver seu nome batizar o novo Laboratório de Arqueologia da Universidade Comunitária de Criciúma, e o espirituoso apelido de “avô da arqueologia brasileira”.
A reverência à figura do professor ocorreu durante a 9º Jornada de Arqueologia Ibero-americana e 1ª Jornada de Arqueologia Transatlântica. Na ocasião, Pe. Pedro, que também é coordenador do Instituto Anchietano de Pesquisas da Unisinos, participou de mesa-redonda sobre a contribuição dessa área do saber para o desenvolvimento social. “A relação entre arqueologia e sociedade não é igual em todo tempo, tampouco é estável”, considerou.
História
Pedro Ignacio Schmitz é natural de Bom Princípio, nasceu em agosto de 1929 e hoje é considerado referência na arqueologia brasileira. Sua história é marcada por seguidas conquistas profissionais, frutos da ética humanista e do amor à pesquisa que sempre o motivaram. “A minha paróquia é a universidade. Essa é a minha missão. Onde eu sou sacerdote, pesquisador, professor, companheiro”, afirmou ele.