Durante uma sessão plenária da assembleia do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o Papa Francisco fez um apelo para que a hospitalidade e a busca pela justiça para os refugiados sejam ampliadas em todo o mundo. O diretor internacional do JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados), Pe. Peter Balleis, e o diretor da entidade no Oriente Médio e Norte da África, Pe. Nawras Sammour, ambos jesuítas, participaram da última sessão da assembleia e se encontraram com o Papa Francisco.
O encontro promoveu a discussão sobre as formas que a comunidade católica pode responder às injustiças que os milhões de imigrantes sofrem em todo o mundo. O pontífice disse que “um dos papéis da Igreja é estar consciente de que as dificuldades enfrentadas pelos refugiados são reais e se preparar para responder a essas feridas que marcam a sua existência, tais como o abuso de poder, violência e outros eventos traumáticos”.
A Síria representa hoje um dos piores lugares no mundo para os refugiados. Desde a guerra civil que eclodiu em 2011, quase 6 milhões de pessoas foram deslocadas, seja dentro da Síria ou do outro lado da fronteira com o Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque. “Apesar da tragédia na Síria, o JRS tem assistido as comunidades deslocadas. Mais de 500 voluntários na Síria ajudam o JRS com projetos de distribuição de alimentos e projetos educacionais em Aleppo, Homs e Damasco”, disse Peter Balleis.
O Papa Francisco ainda expressou sua admiração com aqueles que fazem esse tipo de trabalho. “Eu gostaria de convidar a todos para tomar consciência sobre as experiências e os raios de esperança dos refugiados e pessoas deslocadas à força. Esta esperança é expressa em suas expectativas para o futuro, o desejo de amizade, de participar nas sociedades de acolhimento, incluindo através da aprendizagem de línguas, o acesso ao emprego e educação para seus filhos”, disse o papa.
“Acreditamos que o trabalho do JRS reflete fortemente o chamado do Papa Francisco para ser uma voz para os deslocados, para defendê-los contra as políticas injustas e servir aos refugiados nos momentos mais perigosos de suas vidas. Em troca, temos acompanhado a esperança de um futuro mais pacífico promissor”, disse Pe. Peter Balleis.
Fonte: JRS