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Em vídeo, Papa Francisco fala sobre perseguição religiosa

Há sete anos, o Vídeo do Papa compartilha as intenções de oração confiadas por Francisco à Igreja Católica por meio da Rede Mundial de Oração do Papa. Na primeira edição de 2022, o Santo Padre traz uma mensagem forte a favor da liberdade religiosa e das pessoas que sofrem discriminação. Ele nos convida a escolher “o caminho da fraternidade. Porque, ou somos irmãos, ou todos perdemos”. E, para isso, é fundamental acabar com tantas restrições que muitas pessoas encontram ao querer professar sua fé. 

Francisco convida à valorização das diferenças de cada um, e lembra que o assunto não se limita à liberdade de culto, mas está profundamente ligado à fraternidade: “Hoje a fraternidade é a nova fronteira da humanidade. Ou somos irmãos ou destruímo-nos uns aos outros”.

Na abertura do vídeo, o Pontífice faz duas perguntas diretas e incisivas que clamam por resposta: “Como é possível que, hoje, muitas minorias religiosas sejam discriminadas? Como permitimos que as pessoas sejam perseguidas simplesmente por professar publicamente sua fé?”. 

A Ajuda à Igreja que sofre (ACN), organização internacional católica de caridade e fundação pontifícia cuja missão é ajudar fiéis perseguidos, publicou em 2021 o Relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo. Segundo o documento, a liberdade religiosa é violada em um terço dos países do mundo, onde vivem cerca de 5,2 bilhões de pessoas. O mesmo relatório afirma que mais de 646 milhões de cristãos vivem em países onde as demonstrações e práticas de fé não são respeitadas.

Como destaca Thomas Heine-Geldern, Presidente Executivo da ACN International, é preciso olhar com atenção: “essa situação vem crescendo há séculos, a partir das raízes da intolerância, passando pela discriminação, até a perseguição. Acreditamos firmemente que ser livre para praticar ou não qualquer religião é um direito humano fundamental que está diretamente relacionado à dignidade de cada pessoa”. 

Heine-Geldern questiona: “Como podemos defender os direitos da comunidade cristã se não defendemos primeiro o direito universal?”. E completa a proposta de reflexão: “A religião é manipulada repetidamente para provocar guerras. Na ACN, lidamos com isso todos os dias. A defesa do direito à liberdade religiosa é a chave para expor a realidade desses conflitos. As comunidades religiosas desempenham um papel central quando ‘nada funciona’ política ou diplomaticamente nas regiões de guerra e crise do mundo. O mundo deve estar ciente de que as perspectivas de uma coexistência pacífica serão sombrias se a liberdade de religião ou de crença não for respeitada como um direito humano fundamental baseado na dignidade humana de cada pessoa”.

O Pe. Frédéric Fornos, SJ, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, comentou sobre esta intenção: “É importante reconhecer o que fere a fraternidade, poder curá-la e evitar que se traduza em discriminação e perseguição religiosa, como tantas vezes acontece, principalmente contra os cristãos. Rezemos por esta intenção de oração com  todo o nosso coração: ‘para que todas as pessoas que sofrem discriminação e perseguição religiosa encontrem nas sociedades onde vivem o reconhecimento dos seus direitos e da dignidade que provém de ser irmãos’”.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

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