Os negros chegaram ao Brasil em navios negreiros que vinham da África. Uma viagem longa, cansativa e muito precária, muitos morriam no caminho. Esse é só um dos capítulos da escravidão, um dos períodos mais tristes da história da humanidade.
O caminho para a liberdade foi longo e árduo para o povo negro, muitos sonharam com liberdade, sacrificando a própria vida na luta por um ideal. Um desses líderes foi Zumbi dos Palmares que governou o quilombo de Palmares, um dos maiores símbolos de resistência à escravidão.
Foi relembrando essa história e esse símbolo da resistência negra, que o Fé e Alegria de Montes Claros, em Minas Gerais, promoveu, entre os dias 5 e 10 de novembro, a Semana da Consciência Negra e o Simpósio de Capoeira. O objetivo foi vivenciar a cultura, as tradições e os costumes do povo negro. No evento, também foram trabalhadas questões relacionadas ao preconceito e ao racismo, ainda existentes na sociedade.
Diversas atividades, como discussões e debates, ajudaram a contextualizar a contribuição do povo negro para a cultura e o desenvolvimento do país. Houve também um desfile da “Beleza Negra”, teatro, projeção do filme Zumbi dos Palmares, comidas típicas (cuscuz, feijoada, bolo de milho e pé de moleque), jogo de perguntas e respostas sobre a história dos negros no Brasil, palestras, apresentação de dança Afro e capoeira.
Os participantes dos projetos da Fundação Fé e Alegria ajudaram em todo o processo de elaboração e execução do evento, que celebrou a Semana da Consciência Negra. A vivência da cultura negra possibilitou aos jovens apresentar para os pais e familiares, as questões discutidas durante o evento.
Os negros ajudaram a construir o multiculturalismo existente no Brasil, muitos costumes e tradições são herdados da cultura negra, passando pela culinária até a dança, por esse motivo é importante lembrar a história dos que lutaram por liberdade.
“Durante a Semana da Consciência Negra em Fé e Alegria, aprendi que o dia 20 de novembro é celebrado, porque foi nesta data que morreu o Zumbi dos Palmares, grande líder da resistência e luta contra a escravidão. É muito triste saber que os negros sofreram tanto na história do nosso Brasil, e que ainda hoje há preconceito e racismo” conta o adolescente Gabriel Rogério Xavier de 12 anos, participante dos projetos de Fé e Alegria.
Fonte: Fé e Alegria