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Exposição “Meninas do Brasil'' reabre no Dia Internacional da Mulher

Após o êxito da mostra “Meninas do Brasil” em 2012, o artista plástico e jesuíta Geraldo Lacerdine terá suas telas expostas no Prédio Histórico dos Correios, localizado no Centro da capital paulista, como parte das comemorações dos 350 anos dos Correios. A exposição, que retrata narrativas de mulheres brasileiras dos mais diferentes perfis e gerações, reabrirá para o público no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, às 19 horas, quando ocorrerá a vernissage.

Neste ano, a exposição percorrerá várias cidades do País e do exterior. Depois de São Paulo, segue para Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), entre outras localidades, e terminará na Europa – Itália e Espanha. No ano passado, “Meninas do Brasil” estreou em outubro, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, e entre novembro e dezembro, esteve no Pateo do Collegio.

“Meninas do Brasil” é resultado de uma pesquisa do artista sobre cultura brasileira, tendo a mulher como foco central da expressão. O trabalho dá voz a mulheres anônimas, que muitas vezes são silenciadas pelo abandono, pela exclusão social ou pelo fato de serem pobres, negras e subjugadas. “Mais do que simples telas, a exposição tem uma dimensão sociológica e traz histórias reais de mulheres de diferentes idades, talvez por esse motivo tenha resultado em um envolvimento tão grande do público presente na mostra e que muito me alegrou”, afirma Lacerdine, que também é diretor de comunicação da Companhia de Jesus (Província Brasil Centro-Leste).

A mostra exibe 17 grandes telas, de acrílico sobre compensado, algumas com 1,30m x 1,80m, com cores vivas e fortes. Ao lado de cada obra, há um descritivo da história da mulher retratada na pintura – com os fragmentos de depoimentos. Também é possível escutar a voz das próprias mulheres junto às obras em uma cabine com um visor, bastando clicar no ícone do som. Segundo o artista, que tem o dom de transformar narrativas em obras de arte, o público, ao se deparar com narrativas reais, tem a sensação de estar diante dessas mulheres e dentro da história com sentimentos aflorados.

Entre as histórias estão as de Elizete, a primeira da série, do interior de São Paulo, que, abandonada pelo marido, teve de cuidar de cinco filhos sozinha; Dandara, uma sem-teto de Belo Horizonte (MG); Tereza, de 78 anos, que vive em uma solidão profunda após ser esquecida pelos filhos; Alice de 13 anos, grávida do próprio pai; e de Judite, 50 anos, à espera por um homem que conheceu quando moça.

Para a exposição dos Correios, Lacerdine apresentará duas novas telas Amália e Luzia. A primeira é sobre uma mulher que costura colchas de retalhos e que gosta de separar figuras, combinar cores, sobrepor tons e imaginar histórias possíveis que passam por tesoura, agulha e linha para vender seus trabalhos. Amália está feliz da vida, porque ela e o marido resolveram ter um filho e toda sua narrativa é retratada em uma tela por Lacerdine.

Já Luzia foi doada, aos 3 anos, pela mãe para a madrinha, porque tinha uma anomalia nas pernas, que a impossibilitava de andar, e sua mãe não tinha condições para criá-la em tempos difíceis e em meio a outros irmãos. Segundo ela, a madrinha pediu a Nossa Senhora da Aparecida que curasse suas pernas e o tempo passou, e aos 15 anos estava curada. Depois, conta que as três foram ao Santuário em Aparecida do Norte para agradecer a graça alcançada. Conheça mais sobre o artista e suas obras, através do site: www.artelacerdine.com

 

Serviço:

Exposição “Meninas do Brasil”

Data: de 8 de março a 8 de abril

Local: Prédio Histórico dos Correios

Av. São João, s/n, Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo/SP

Horário: Segunda a Sexta, das 9 às 17 horas, e aos sábados, das 9 às 13 horas

Entrada gratuita

 

Fonte: Maxpress

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