Colégio Medianeira promove seminário interno

No dia 1º de abril, os educadores do Colégio Medianeira participaram de um seminário interno de estudos para a formação integral. A data coincidiu com o encerramento da primeira etapa do Sistema de Qualidade em Gestão Escolar (SQGE), uma estratégia em rede desenvolvida pela Federação Latino-americana de Colégios da Companhia de Jesus – FLACSI, que insere cada colégio em contínuo processo de autoavaliação e reflexão sobre as suas práticas.

O SQGE é uma ferramenta importante para avaliação e cria uma cultura permanente de melhorias por meio de indicadores externos e comuns. De acordo com o diretor acadêmico do Medianeira, Fernando Guidini: “O SQGE representa a possibilidade de repensar o Projeto Político-Pedagógico da Instituição naquilo que são os âmbitos ou dimensões do aprender integral hoje, tal como compreendido pela FLACSI. A partir do momento em que somos questionados a avaliar o nosso currículo, em que repensamos as nossas estruturas, organização e recursos e que voltamos o olhar sobre o clima e a comunidade, nós assinalamos pontos que, no nosso olhar, são de fundamental importância a fim de garantir processos que obtenham êxitos de aprendizagem”.

Para Juliana Heleno, coordenadora interna do projeto e responsável pelo Serviço de Orientação Pedagógica (SOP) da Educação Infantil, esse movimento de aperfeiçoamento já é visível no Medianeira, e ressalta a importância de inserir os educadores no processo: “O texto sobre Currículo e Aprendizagem Integral foi escrito a muitas mãos e redefine, ressignifica, aquilo que entendemos por aprendizagem integral e, por isso, é um material muito importante, a partir do qual faremos toda a reestruturação curricular e metodológica, prevista para 2017 e 2018”
Prática
A implantação e execução do Sistema de Qualidade em Gestão Escolar refletem na prática do cotidiano escolar. Segundo Guidini, é importante que todos os envolvidos sintam-se parte do sistema: “De algum modo, a gestão, seja administrativa ou acadêmica, precisa fazer com que todos os sujeitos – do estudante, às famílias e aos educadores – sintam-se parte do SQGE. Eu diria que esse momento de implantação só está acontecendo porque há uma abertura, uma sensibilidade e um posicionamento local de que tudo isso precisa ser feito com e por intermédio de todas as pessoas.

Claudia Furtado de Miranda, responsável pelo Serviço de Orientação Pedagógica do Ensino Médio, acha que existe uma relação simultânea entre a formação continuada dos educadores e o desempenho do aluno em sala de aula: “Todo plano de melhoria que trabalha com o acompanhamento ao estudante está, simultaneamente, em relação com o acompanhamento e a formação do professor. Esse é um impacto que nós já podemos ver”

A implantação de projetos de melhoria irá até junho de 2018. De acordo com Juliana Heleno, isso significa “pôr em prática aquilo que projetamos como melhoria, a partir da autoavaliação feita em 2015”. Ela relembra que uma nova avaliação está prevista para o segundo semestre do próximo ano.
Identidade
O Projeto Educativo Comum (PEC), documento basilar lançado pela RJE (Rede Jesuíta de Educação) em 2016, assim com o Sistema de Qualidade em Gestão Escolar, instrumentaliza a busca pela Aprendizagem Integral, que é o mais importante no projeto. Mesmo que o sistema funcione como uma gramática comum aos colégios da FLACSI, o texto respeita as particularidades de cada instituição e sua cultura local.

Juliana Heleno comenta também: “Por outro lado, o SQGE nos coloca em um movimento de Rede não só brasileira, mas também latino-americana. Participar do Sistema de Qualidade em Gestão Escolar e executar a rota de implementação do PEC, por exemplo, tem sido pra nós um movimento único. Isso é muito importante, pois se estes movimentos não são incorporados, de forma orgânica à dinâmica do Colégio, tudo fica mais difícil e os resultados tendem a ser pontuais”. Opinião similar com a de Claudia que acrescenta: “O SQGE preserva a identidade e a história mas, ao mesmo tempo, dialoga com um projeto maior, que é o projeto da Rede Jesuíta”.
Outros momentos
As atividades foram marcadas pelo envolvimento dos educadores de diferentes séries em oficinas especiais de aperfeiçoamento e capacitação. Os professores de Matemática do 4º ano e da Educação Infantil participaram de encontros, onde foram discutidas metodologias de ensino, proporcionando a troca de experiências exitosas dentro dos diversos espaços de aprendizagem.

Na mesma data foi realizada também a entrega de certificados aos educadores que participaram do curso de extensão chamado Currículo: formação e aprendizagem integral, resultado de uma parceria entre o Medianeira e a Unisinos, que exercita o número 78 do PEC. Para Guidini, ao viabilizar a formação do educador, o Medianeira dialoga com questões de adesão, pertença e valorização do profissional. “Nós estamos em um Colégio que preza e prioriza pela formação de nossos educadores. A partir do momento em que o Colégio possui seus planos de formação, e que mobiliza tempo e espaço para que os professores se formem continuamente, significa que a instituição está fazendo uma aposta. Nós, como Medianeira, já temos uma cultura local da valorização e da organização de todo o processo formativo. O PEC vem e referenda aquilo que é a formação, o sentido, o significado, trabalhando na dimensão da adesão, da pertença, da identidade e do quanto estamos formando os nossos quadros colaborativos. Se nós temos um projeto sério, por que não trabalharmos também em uma parceria com a universidade para validar horas dessa formação? E é isso o que temos feito”, finaliza.

As trocas vivenciadas no encontro dos educadores evidenciam a preocupação constante do Colégio Medianeira, e também da RJE, em proporcionar uma educação de qualidade, focada na excelência humana e acadêmica, e que possa permitir aos estudantes ler e interpretar melhor o mundo em suas diferentes realidades e contextos.


Fonte: Colégio Medianeira (Curitiba/PR)

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