Governos na América Latina, em especial dos países da América do Sul, decidiram retomar a deportação de imigrantes haitianos. Após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, vários países latino-americanos anunciaram a suspensão das deportações de haitianos por razões humanitárias. Alguns governos, respeitaram esta moratória, enquanto outros violaram. Quase três anos depois da tragédia, quase todos os governos levantaram a moratória e anunciaram a retomada ou a intensificação da repatriação de haitianos em situação irregular em seus respectivos territórios.
No Brasil, atualmente 210 haitianos estão presos na cidade de Brasiléia, perto da fronteira com o Peru e a Bolívia, aguardando uma decisão sobre o seu estatuto de imigração por parte do governo do Brasil. As autoridades locais começaram a fornecer assistência humanitária para os imigrantes, que chegaram em uma condição crítica depois de caminhar vários dias na selva amazônica na Bolívia e Brasil.
Os migrantes estabelecidos a partir da cidade peruana de Iñapari, na fronteira com a Bolívia e o Brasil, viveram por meses sem qualquer assistência por parte das autoridades e incapaz de cruzar para um Brasil determinado a manter suas fronteiras fechadas. Conforme o tempo passou, as autoridades locais de Brasiléia se mostraram cada vez mais dispostas a prestar assistência humanitária devido à falta de financiamento.
O governo brasileiro ainda tem que decidir se deve ou não regularizar a sua situação jurídica ou expulsá-los. Além disso, não se sabe se eles serão enviados de volta para casa ou empurrar de volta para o Peru. “A política do governo é combater o crime organizado, que utiliza os migrantes a sua vantagem”, disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, que ressaltou que era improvável que o governo vai conceder mais haitianos residência por razões humanitárias.
Fonte: JRS