A coordenadora do Núcleo de Formação, Assessoria e Pesquisa da CAJU, Edina Lima, realizou uma experiência missionária na África, no período de 9 de outubro a 9 de novembro. Ela foi a primeira pessoa leiga a integrar a ação organizada pelos Missionários da Sagrada Família (MSF) em Mecuburi, Moçambique.
Durante este tempo Edina entrou em contato com uma cultura diferente, conheceu os costumes, o idioma, os sofrimentos e as alegrias do povo da cidade de Nampula, que fica na região norte de Moçambique, e possui cerca de 150 mil habitantes. A proposta da experiência era colaborar na evangelização local, na formação de lideranças, na organização de comunidades eclesiais e em processos de emancipação e desenvolvimento humano.
Os Missionários da Sagrada Família mantém no país uma obra missionária que atende cerca de 270 pequenas comunidades cristãs ministeriais e vários grupos de oração. A obra missionária conta também com a Escola profissional Familiar Rural de Mecuburi (EPFRM), além de parcerias com o governo e outras entidades do país. Foi através de um convite do MSF que Edina embarcou para a experiência.
“Há mais de 20 anos tenho contato com os Missionários da Sagrada Família, por meio da paróquia Nossa Senhora das Dores, em Rio Verde/GO, minha cidade de origem. Durante 15 anos, trabalhamos juntos nas ações pastorais da paróquia e Diocese de Jataí-GO, até o dia em que vim trabalhar com os Jesuítas em Goiânia. Porém, não perdemos o contato e sempre que possível estive presente em algumas atividades da paróquia e da congregação”, explica Edina (No centro da foto).
O idioma mais falado no país é o português, por conta da colonização portuguesa, mas cada região manteve ainda suas raízes, falando assim, um segundo idioma. A religião no país também é bastante diversificada, a maioria segue as religiões tribais, mas o cristianismo também tem bastante seguidores e é a segunda maior religião do país, seguido pelo islamismo.
A missão tem um papel importante na região, pois busca ajudar as pessoas mais necessitadas, apresentando uma nova perspectiva de vida. “Toda ajuda humanitária naquele lugar é de extrema importância! Nessa missão, há alguns desafios bem visíveis para os quais a equipe missionária tem se dedicado e empenhado, a fim de fazer a diferença na realidade em que se encontram, como: o resgate da dignidade humana e a promoção da vida. O atendimento direto aos que vêm em busca de trabalho ou outra ajuda de sobrevivência. O trabalho está em fazer com que as comunidades não fiquem dependentes só da ação missionária, proporcionando e despertando a consciência para que criem autonomia e busquem os direitos que são violados cotidianamente”, diz Edina.
Fonte: Caju