Os jesuítas do Oriente Médio, num comunicado enviado à Agência Fides, na última segunda-feira (5), e assinado pelo Pe. Victor Assouad, manifestaram “inquietação profunda” em relação ao desaparecimento do Pe. Paolo Dall´Oglio (foto), jesuíta romano que sumiu no norte da Síria há 10 dias.
No último sábado (3), o cardeal Leonardo Sandri, em nome de toda a Congregação para as Igrejas Orientais manifestou num comunicado sua “proximidade na oração” ao Prepósito-Geral e a todos os religiosos da Companhia de Jesus em relação ao desaparecimento de padre Dall´Oglio. Na mensagem, o Cardeal Sandri recorda também “o absoluto silêncio em relação aos dois bispos e dois sacerdotes sequestrados alguns meses atrás, como também tantos outros, sírios e estrangeiros que se encontram nessa mesma dolorosa situação”.
No dia 3 de agosto, também a Coalizão Nacional Síria, principal plataforma da oposição anti-Assad, se disse “profundamente preocupada” pelo destino do jesuíta Dall´Oglio. O fundador do antigo Mosteiro sírio de Deir Mar Musa, grande inspirador de iniciativas de diálogo islâmico-cristão, declarado “pessoa não-grata” pelo governo sírio, chegou no sábado, 27 de julho, na cidade de Raqqa – controlada pelos rebeldes – de onde, segundo fontes locais, partiu para uma localidade desconhecida, onde tinha encontro marcado com Abu Bakr al-Baghdadi, chefe do Estado islâmico no Iraque e no Levante, entidade que lidera a Frente al-Nusra, principal força jihadista da insurreição síria.
Segundo as mesmas fontes, o jesuíta queria tratar com os jihaidistas a libertação de alguns reféns e uma trégua nos combates em andamento há semanas entre milícias islâmicas e curdas.
Fonte: Dom Total