Live pelo Dia da Amazônia enfatiza a preservação e a diversidade cultural

No dia 05 de setembro, a Província dos Jesuítas do Brasil, por meio do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares), promoveu uma live especial em celebração ao Dia da Amazônia. Com o tema Água, Terra, Povo, Cultura e Ancestralidade, o evento teve como objetivo refletir sobre as questões críticas enfrentadas pela região amazônica e sensibilizar o público para a preservação da Casa Comum, em alinhamento à quarta Preferência Apostólica Universal da Companhia de Jesus.

A transmissão foi conduzida pelo Pe. Silvio Marques, SJ, diretor do Sares, e contou com a participação de Juscelio Pantoja, do Centro Alternativo de Cultura (CAC), e da professora Maria Olívia Simão, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Juntos, discutiram a importância global da Amazônia, destacando sua diversidade cultural e ancestral.

Pe. Silvio iniciou sua fala ressaltando  que iniciativas  como essa podem dialogar com diferentes públicos e biomas do Brasil, sempre em consonância com o cuidado com a Casa Comum. “No Dia da Amazônia, queremos também celebrar o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e todos os biomas que devemos cuidar com a mesma dedicação que damos à Amazônia”, afirmou. Ele destacou a gravidade da situação ambiental atual, como o aumento das  queimadas em outras regiões do país: “Neste momento de queimadas, mais de 80% delas não são acidentais. Isso tem gerado uma catástrofe ambiental cada vez mais recorrente na nossa história recente.”

Juscelio Pantoja trouxe uma perspectiva reflexiva e respeitosa sobre a região. “Quando paramos para observar, ouvir e nos relacionar com a Amazônia, não tem como não nos apaixonarmos. A Amazônia não é uma imensidão homogênea e desabitada. Não é só floresta; é floresta e muito mais. Ela cobre 49,5% do território nacional e abriga mais de 28 milhões de habitantes.” Pantoja também conectou o documento Querida Amazônia, do Papa Francisco, ao enfatizar que a Amazônia é um todo plurinacional interligado. “Ao falar de água, terra, povo e cultura, estamos tratando de uma unidade que precisa ser compreendida e respeitada. Devemos nos colocar como convidados nesse processo, escutando e aprendendo com os povos originários, que têm muito a nos ensinar sobre caminhos possíveis para o futuro da região”, acrescentou Juscelio.

A professora Maria Olívia Simão destacou a integração da Amazônia com os demais biomas do planeta. “É fundamental ter um olhar abrangente sobre a Casa Comum, pois o Bioma Amazônia está interligado com todos os biomas do planeta. A seca em uma região pode afetar a umidade do ar em outras, e o que acontece em uma área frequentemente chega às outras por meio das correntes de ar”, explicou. Ela também enfatizou a responsabilidade coletiva na preservação do meio ambiente: “Deus nos deu o privilégio e o tesouro que é a Amazônia, e devemos usá-la e conservá-la para nós e para as futuras gerações. É essencial que aumentemos nossa capacidade de cuidado e nos comprometermos com essa causa, independentemente do nosso foco ou localização. Precisamos cuidar da natureza de forma prática, desde a nossa própria casa até a esfera pública.”

A live proporcionou um espaço valioso para reflexão e diálogo sobre a importância da Amazônia e a responsabilidade compartilhada pela sua preservação. Para conferir a discussão na íntegra, acesse o link da transmissão: https://www.youtube.com/live/HrSr9zGoni0

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