O valor e os desafios das associações sociais que lutam contra a exclusão no mundo são o tema central do prefácio que o Papa Francisco escreveu, de próprio punho, para o livro A irrupção dos Movimentos Populares: Rerum novarum do nosso tempo.
O Santo Padre começou a sua reflexão afirmando que as pessoas que vivem nas periferias territoriais e existenciais não são só um setor da população que deve ser alcançado pela Igreja, mas são “uma semente, uma renovação que, como o grão de mostarda, dará muito fruto”, porque os concebe como “alavanca de uma grande transformação social”.
Assim como a segunda Preferência Apostólica Universal da Companhia de Jesus, que nos orienta a “caminhar com os pobres, os descartados do mundo, os vulneráveis em sua dignidade em uma missão de reconciliação e justiça”, o Papa os concebe como verdadeiros protagonistas ativos, agentes do futuro da humanidade.
Reafirmando sua convicção de que a humanidade enfrenta atualmente uma transformação de época caracterizada pelo medo, pela xenofobia e pelo racismo, o Santo Padre garante que os “movimentos populares podem representar uma fonte de energia moral para revitalizar nossas democracias” e que eles são “uma esperança de que tudo pode mudar”.
O livro, preparado pela Pontifícia Comissão para a América Latina, oferece os principais pronunciamentos feitos nos Encontros Mundiais que, desde 2014, reuniram milhares de representantes de movimentos populares em diversas partes do continente americano.
Fonte: Vatican News