Será durante o Sínodo dos bispos sobre a nova Evangelização que será entregue, no dia 20 de outubro, o chamado “Nobel da Teologia”, ou melhor o Prémio Ratzinger, outorgado pela Fundação Joseph Ratzinger-Bento XVI. O Cardeal Ruini, Presidente do Comité Científico da Fundação, deteve-se sobre a biografia dos dois premiados deste ano: o filósofo francês Rémy Brague (foto 1) e o norte-americano Brian Daley (foto 2), jesuíta e especialista em patrologia.
O Cardeal qualificou Remy Brague de verdadeiro filósofo e grande historiador do pensamento e da cultura, por saber unir, sem complexo, à força especulativa e à visão história, uma fé cristã e católica profunda e explícita. Casado e pai de quatro filhos, Brague é professor de filosofia grega, romana e árabe na Universidade Sorbonne, em Paris, e na Universidade Ludwig-Maximilian de Mónac. Confessando não conhecer tão bem Brian Daley, o Cardeal Ruini, disse que é um especialista dos Pais da Igreja, matéria que ensina na Universidade de Notre-Dame no Estado da Indiana, e é consultor para a edição inglesa da revista “Communio” de que Ratzinger é um dos co-fundadores. Em 2003 publicou na revista “América”, pertencente aos jesuítas de Nova Iorque, um artigo contra-corrente, no qual valorizava a prática da adoração eucarística.
O Prémio “Ratzinger”, que já vai na sua segunda edição, foi instituído com o objectivo de estimular a reflexão teológica sobretudo nas áreas mais estudadas por Joseph Ratzinger enquanto teólogo, cardeal e agora Papa. A saber: a teologia fundamental, a história da teologia, sobretudo a patrística, a exegese bíblica, mas também a teologia dogmática.