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Nota de pesar pelo falecimento do Pe. João Mac Dowell, SJ

É com profundo pesar que a Província dos Jesuítas do Brasil comunica o falecimento do Pe. João Augusto Anchieta Amazonas Mac Dowell, SJ, ocorrido nesta terça-feira, dia 13 de setembro, aos 88 anos de idade. Ele estava internado no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte (MG), com problemas cardíacos. Havia completado 60 anos de sacerdócio no dia anterior.

O velório será no dia 14, a partir das 07h (horário de Brasília), na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Às 09h será celebrada a missa das Exéquias e o sepultamento será às 11h, no Cemitério Bosque da Esperança.

Pe. Mac Dowell se distinguiu em seus trabalhos acadêmicos na área de Filosofia e na direção de diferentes instituições de educação jesuítas.

Nasceu em Belém do Pará (PA), em 09 de junho de 1934. Estudou no Colégio Nóbrega, em Recife (PE), e concluiu o ensino médio no Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro (RJ). Em 1950 ingressou na Companhia de Jesus. Cursou Filosofia no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ), onde posteriormente lecionou. Em 1963 fez o Mestrado em Teologia em Frankfurt (Alemanha), e em 1968 o Doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (Itália).

Ao voltar ao Brasil, trabalhou entre 1968 e 1974 na Faculdade de Filosofia Nsa. Sra. Medianeira, em São Paulo (SP), onde lecionou e foi Diretor do Departamento e depois da Faculdade. Em 1975 iniciou sua atuação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), como Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos. Foi nomeado Reitor em 1976, aos 42 anos de idade. No período em que esteve à frente da PUC-Rio, foi membro da Comissão Nacional de Pós-Graduação (1977 a 1979), do Diretório do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (1977 a 1979), do Conselho Internacional das Universidades Católicas (1978 a 1980) e da Comissão de Reintegração dos Professores Cassados pelo AI-5 do Ministério da Educação (1979 a 1980).

Após seu período como Reitor da PUC-Rio, foi Provincial da Província dos Jesuítas do Centro-Leste. Em seguida, foi pesquisador no Centro João XXIII, Ibrades, no Rio de Janeiro. Entre 1990 e 1998 foi membro do Conselho Geral e Assessor do Superior Geral para a América Latina da Cúria Geral da Companhia de Jesus.

Foi também fundador da Academia Brasileira de Educação e da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos, e Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Cultural Brasil-Japão.

Desde 1997, atuava na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), onde foi reitor e professor no Departamento de Filosofia. Fundou o Programa de Pós-graduação em Filosofia da Faje (2006) e esteve à frente como editor, por vários anos, da Revista Síntese. Ficou reconhecido por suas pesquisas sobre Tomás de Aquino e Heidegger. Também esteve à frente do memorial Pe. Vaz, e coordenou o exigente trabalho que tornou possível a publicação das obras inéditas.

“Embora dono de um currículo impressionante, o professor João Mac Dowell era uma pessoa muito simples e acessível. Estava sempre disponível e procurava encorajar a todos. A expressão ‘Coragem, coragem’ ficou conhecida como seu ‘lema’.  Preocupava-se em garantir condições para que os estudantes pudessem realizar os cursos. O mais importante para ele era que as pessoas pudessem ter acesso à formação de qualidade. Nunca deixava que nos desanimássemos. Impressionava a sua capacidade de trabalho e a sua modéstia. Muitas vezes trabalhava nos bastidores, sem obter nenhum reconhecimento. Pessoa íntegra, doou-se até o fim ao ensino e à pesquisa. Somos privilegiados por termos tido a oportunidade de assistir como estudantes às suas aulas e de termos desfrutado de sua presença como colegas de trabalho. Sua partida deixará uma saudade imensa. Sua presença sempre amiga fará muita falta. Contudo, seu testemunho continuará a iluminar nossa caminhada” (Profa. Dra. Cláudia Rocha de Oliveira, coordenadora da Pós-Graduação em Filosofia da Faje).

Em mensagem enviada por ocasião dos 60 anos de sacerdócio do Pe. João Mac Dowell, o Provincial dos Jesuítas do Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, ressaltou que o jesuíta foi lembrado por companheiros, que tiveram o privilégio de compartilhar suas missões, pela sua inteligência invejável, capacidade de conciliar racionalidade e lógica com sensibilidade e atenção, além de possuidor de persistência e perseverança de quem não desanima diante dos obstáculos, envolvendo-se com comprometimento na missão. “Enfim, um homem simples, de coração aberto e fiel às amizades, refletindo a imagem de um homem bom, sem mágoas, ressentimentos e vaidades”, dizia a carta.

A Província do Brasil se solidariza com os familiares do Pe. João Mac Dowell, SJ, jesuítas e amigos.

Fonte: Faculdade Jesuíta de Teologia e Filosofia (Faje) e Província do Brasil

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