A edição 405 da revista IHU (Instituto Humanitas Unisinos) foi inspirada na polêmica em função da duvidosa nomenclatura “Partícula Deus”, e trouxe ao debate as origens do cosmos, os grandes desafios da Física e mostrou que há muito mais perguntas do que respostas quando procuramos saber mais sobre o Universo.
A “Partícula Deus”, ou Bóson de Higgs, como passou a ser chamada por diversas publicações, não tem originalmente laivos religiosos, e está longe de ter sido a responsável pela criação da vida no cosmos. Questionados sobre o sugestivo apelido, alguns dos entrevistados dessa edição explicam como surgiu a expressão. (Veja no link)
Mesmo que em ciência o fim de um capítulo represente o início de outro, a comprovação da existência do Bóson de Higgs é mais uma “evidência de que o %u2018nada%u2019 é surpreendentemente rico em fenômenos críticos à nossa compreensão do Universo”. A constatação é do físico Arthur Maciel, na entrevista que concedeu à IHU On-Line.
Entender o surgimento do cosmos é uma das dúvidas mais antigas e inquietantes que a humanidade possui. Contudo, pondera o físico brasileiro Marcelo Gleiser, pode ser que essa explicação não seja possível de ser dada. “A ciência tem limites e só funciona dentro de um patamar conceitual que não consegue explicar-se a si mesmo”, disse.
Além desses dois físicos, o debate também o Nobel de Física Gerard%u2019t Hooft, o matemático jesuíta George Coyne, o astrônomo Guy Consolmagno e outros. Além disso, Paul Valadier, nos Destaques da Semana, conta que na própria secularidade os homens estão em busca de um absoluto, de uma transcendência, de uma espiritualidade que os ajude a viver e a empreender. A nova edição também traz o perfil do coordenador do curso de Arquitetura da Unisinos, Adalberto da Rocha Heck.
Fonte: IHU On-line (Unisinos)