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Orquestra Unisinos Anchieta apresenta obra de Gnattali

 

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A obra do compositor gaúcho Radamés Gnattali (foto) será revisitada em uma apresentação que faz parte do projeto Concertos Série Anchieta, realizada na Igreja da Ressurreição do Colégio Anchieta, em Poto Alegre, a partir das 20h30min dessa sexta-feira, dia 7 de setembro. O programa contemplará a Suíte para Cordas e a Suíte Retratos do compositor.
 
A Suíte Retratos divide-se em quatro partes, que são batizadas com os nomes de seus contemporâneos: no choro está Pixinguinha; na valsa, Ernesto Nazareth; no schottisch, Anacleto de Medeiros; e na conclusão, Chiquinha Gonzaga.
 
Sob a regência e direção artística do maestro Evandro Matté, a Orquestra irá contar com a participação especial do Grupo Fugata, que traz o regionalismo para o espetáculo. A entrada é franca.
 
Biografia
fotoRadamés Gnattali (1906-1988) estudou com Guilherme Fontainha no Conservatório de Porto Alegre e na Escola Nacional de Música, com Agnelo França. Terminou o curso de piano em 1924 e fez concertos em várias capitais brasileiras, viajando também como violista do Quarteto Oswald, desde então passou a estudar composição e orquestração.
 
Em 1939 substituiu Pixinguinha como arranjador da gravadora Victor. Durante trinta anos trabalhou como arranjador na Rádio Nacional. Foi também o autor da parte orquestral de gravações célebres como a do cantor Orlando Silva para a música Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, ou ainda da famosa gravação original de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) ou de Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro) – esta última imortalizada na voz de Dick Farney.
 
Em 1960 embarcou para Europa, apresentando-se num sexteto que incluía Acordeão, Guitarra, Bateria e Contrabaixo. Foi contemporâneo de compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Pixinguinha.
 
Na década de 70, Radamés foi teve influência na composição de choros, incentivando jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento e Mauricio Carrilho, e para a formação de grupos de choro como o Camerata Carioca. Também compôs obras importantes para o violão, Orquestra, concerto para piano e uma variedade de choros.
 
Foi parceiro de Tom Jobim. No seu círculo de amizades Tom Jobim, Cartola, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez e Camargo Guarnieri. É autor do hino do Estado de Mato Grosso do Sul —a peça foi escolhida em concurso público nacional.
 
A saúde começou a fraquejar em 1986, quando Radamés sofreu um derrame que o deixou com o lado direito do corpo paralisado. Em 1988, em decorrência de problemas circulatórios, sofreu outro derrame, falecendo no dia 13 de fevereiro na cidade do Rio de Janeiro.
 

Fonte: Colégio Anchieta

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