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Palavra da CPAL fala sobre realidade latinoamericana na pandemia

  • Postado em: 22 de fevereiro de 2022

PALAVRA DA CPAL

fevereiro 2022

O PAC 2 E A REALIDADE LATINOAMERICANA DA PANDEMIA

Reflexões a partir do INFORME SOCIAL 2021 da CEPAL (Nações Unidas)

No ano de 2021, ano de uma pandemia tenaz, a Conferência de Provinciais Jesuítas da América Latina e do Caribe aprovou as linhas comuns de atuação para todas as redes vinculadas à Companhia de Jesus no continente nos próximos anos. Trata-se de enfrentar a realidade que vivem centenas de milhões de pessoas a partir da esperança cristã como serviço da fé e da justiça em uma sociedade marcada pela ênfase da persistente Covid 19.

As consequências da pandemia

     No final de 2021, 14% da população latino-americana vive em extrema pobreza: noventa milhões de pessoas! As classes médias confirmam sua extrema vulnerabilidade, devido aos baixos níveis de contribuições e cobertura social. As mulheres abandonaram massivamente o mundo do trabalho e tornou-se praticamente impossível para os jovens ingressar nele. A perda de mais de trinta milhões de empregos não se compensa agora com a escassa recuperação de uma população trabalhadora que, por outro lado, frequentemente ingressa na informalidade. Os novos empregos se devem mais à necessidade de trabalhar do que à produtividade real da economia. Os que agora ingressam no mercado de trabalho geralmente fazem-no em piores condições do que aqueles que os precederam.

     O número de mortes por efeito da Covid 19 na América Latina e no Caribe até 31 de dezembro de 2021 representou quase um terço de todas as pessoas que morreram no mundo por essa causa. É uma ´contabilidade´ de doentes e de óbitos muito abaixo dos números reais e do impacto experimentado em sistemas de saúde absolutamente saturados, incapazes de atender às outras doenças. Dois terços dos profissionais de saúde são mulheres que se viram superexpostas à situação, muitas vezes com uma dupla jornada de atendimento com doentes de sua própria casa.

     Embora o impacto da mortalidade pareça proporcional à idade madura, o relatório da CEPAL afirma que a população de crianças, adolescentes e jovens tem sido uma das mais afetadas pelos impactos socioeconômicos da pandemia. O confinamento e o seu impacto sociocultural, juntamente com a fragilidade dos sistemas educativos, colocam muitos rapazes e moças em situações de desnutrição, abandono escolar ou vítimas de maus-tratos e abusos em casa. Em não poucas ocasiões, essa agressão também se dirigiu às mães. A exclusão digital fez com que as populações empobrecidas sofressem duplamente a desescolarização.

     Da mesma forma, as populações mais pobres sofreram o descaso sanitário devido à saturação do sistema e à ausência de alimentação alternativa nos refeitórios escolares. A CEPAL conclui: …os efeitos da pandemia de Covid 19 atingem especialmente meninas, meninos, adolescentes e jovens pertencentes a populações historicamente confrontadas com situações de maior vulnerabilidade. Entre esses grupos, o relatório inclui indígenas, afrodescendentes, migrantes, mulheres e pessoas com deficiência. A crise está alargando as fraturas sociais.

O horizonte: um novo pacto social

     O Informe Social de 2021, publicado recentemente pela CEPAL, propõe-nos um horizonte: um novo pacto social para adotar políticas públicas transformadoras, com igualdade e sustentabilidade no centro. A pandemia sublinhou ainda que, num continente já marcado pela desigualdade, o único caminho é avançar para uma economia e sociedade do cuidado. Para isso, reclama três tipos de medidas: transferências econômicas, melhora da qualidade dos serviços e políticas ativas de emprego.

     Em primeiro lugar, as transferências econômicas diretas para aqueles que vivem em maior dificuldade têm demonstrado ser uma barreira que mitigou o impacto em muitas pessoas. A CEPAL propõe, com o apoio da UNICEF, que isso seja feito por meio de uma transferência universal para a infância e com melhorias no sistema previdenciário para aumentar a cobertura e a suficiência dos benefícios. Para isso, devem ser estabelecidas medidas que visem maior solidez financeira.

     Em segundo lugar, destaca que as transferências monetárias não devem ser feitas à custa da redução dos serviços públicos. Além dos serviços de água, energia e saneamento, torna-se muito relevante o da conectividade à internet. É preciso garantir uma educação de qualidade desde a primeira infância e a geração de um ambiente de real segurança na rua, na escola e em casa que permita o crescimento sem violências nem temores. O relatório destaca com muita força que se deve evitar um bem-estar da população quase que exclusivamente fomentado pelo trabalho não remunerado das mulheres.

     Finalmente, a CEPAL propõe medidas ativas de emprego, entre as quais se destaca de maneira muito relevante a formação profissional e técnica. Embora não seja suficiente, a formação é o principal instrumento para enfrentar a incorporação da qualidade ao mundo do trabalho e a superação das brechas tecnológicas, de gênero e étnicas.

Nossa missão na América Latina e no Caribe na pandemia

Sabemos que se trata de desafios que devem ser assumidos principalmente pelos estados. A crise da Covid 19 tem assinalado a importância do Estado como agente econômico ativo, como apoio às populações mais vulneráveis e como garante dos serviços públicos que unem a comunidade. No entanto, as Administrações Públicas não podem substituir os cidadãos nem a sociedade civil. E é aí que, neste mundo plural, a comunidade cristã, a Companhia de Jesus e as redes aí inseridas, têm uma missão, uma responsabilidade.

     Como vimos acima, os processos educacionais enfraqueceram-se durante a pandemia, propiciando a deterioração dos sistemas e a vulnerabilidade dos mais pobres. A educação como direito universal de qualidade é central como resposta: todas as nossas redes, não só os centros educativos vinculados à Ordem, mas também as iniciativas sociais e pastorais devem comprometer-se a promover alianças públicas e privadas para que a educação de qualidade chegue a todos: às crianças, mas também aos adultos cujas deficiências se tornam mais evidentes quando se enfraquece o mercado de trabalho ou a crise abala as instituições, as empresas e os serviços públicos. O Pacto Educativo Global proposto por Francisco é um instrumento decisivo e um compromisso que devemos tornar realidade.

     O drama vivido afetou principalmente as mulheres. Todas as nossas redes devem assumir a determinação de enfrentar todos os tipos de inércia, práticas discriminatórias e violências, e promover a igualdade e as mudanças culturais e espirituais necessárias para que todas as pessoas, independentemente do sexo, possam ser felizes e participar com plena responsabilidade na vida social, cultural, política, econômica, eclesial. Nisso, não é de menor importância a necessidade de reforçar a segurança de todos os nossos espaços institucionais.

     Da mesma forma, a fratura se torna mais dura para pessoas que foram previamente excluídas: afrodescendentes, indígenas, migrantes e refugiados. Todas as nossas iniciativas têm de enfrentar esta realidade tentando de curar as feridas, de reconciliar a grande família humana acompanhando os que têm mais dificuldades, onde quer que estejam. Em todos os lugares, sim, mas reconhecendo que Haiti, Cuba e Amazônia devem ser causas que mobilizem a todos nós, qualquer que seja nossa localização e tarefa.

     Todas as prioridades que se propõem em nossa missão dirigem-se sempre ao Deus crucificado e glorificado que se encarna novamente em nossa história e configura nossa fé. A espiritualidade do discernimento, aquela que nos ajuda a enfrentar os males do nosso mundo e a conhecer as artimanhas do ´mau líder´, para em tudo amar e servir, é o nosso maior tesouro, o mais importante que podemos contagiar os outros neste tempo de pandemia. A partir do profundo respeito à diversidade religiosa e das cosmovisões pessoais, cabe a nós oferecer humildemente o que nos foi dado gratuitamente.

Lucas López, SJ

Equipe CPAL

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