Às 17 horas (meio-dia de Brasília) desta quinta-feira, dia 14 de março, o Papa Francisco presidiu na Capela Sistina a missa de conclusão do Conclave que o elegeu. As leituras da Missa incluem um texto de Isaías (2,2-5) em que o profeta anuncia tempos de paz, nos quais se transformarão as espadas em foices (o artefato de guerra se transforma em objeto de colheita). A segunda leitura, da 1º Carta de São Pedro, recorda Cristo como pedra angular. Finalmente, o Evangelho (Mt 16, 13-19) contém a profissão de fé de Pedro, em Cesareia de Filipo e a promessa de Jesus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas dos infernos não prevalecerão”.
Na homilia, improvisada, Papa Francisco, partindo das três Leituras, indicou outros tantos verbos, que constituem todo um programa: caminhar (como Abraão), edificar (a Igreja), confessar (Cristo).
“Quando não caminhamos na presença de Deus, quando não edificamos sobre a pedra angular que é Cristo, quando não professamos Jesus como o nosso Senhor, as coisas não vão e tudo se esboroa como os castelos de areia que as crianças constroem na praia”, disse o novo Papa.
Contudo, a coisa não é tão fácil, admitiu o Papa, referindo expressamente o risco de mundanidade, com o Tentador que não arreda. Como para Pedro em Cesareia de Filipo, a tentação é de querer seguir Cristo sem a cruz. “Sem a Cruz não somos discípulos do Senhor, somos mundanos. Há que ter a coragem de caminhar na presença do Senhor, de edificar a Igreja como pedras vivas e de confessar como nossa única glória Cristo crucificado”, afirmou Papa Francisco.
Na oração dos fiéis, rezou-se, antes de mais, pelo “nosso Papa Francisco, (para que) continue a acolher o convite de Jesus, lançando as redes no mar da vida, à Sua palavra”. Rezou-se também “por Sua Santidade Bento XVI, (para que) sirva a Igreja no escondimento, com uma vida dedicada à oração e à meditação”.
Fonte: Rádio Vaticana