A presença da Companhia de Jesus na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), foi marcada por forte participação pública e pela articulação internacional da campanha Jesuítas pela Justiça Climática: Fé em Ação na COP30. Ao longo de duas semanas, a delegação formada por 29 representantes de 14 países atuou na Zona Azul, na Cúpula dos Povos e em eventos paralelos, reforçando a urgência de respostas concretas à crise climática global. No dia 20 de novembro, a missão ganhou destaque com a entrega de uma carta oficial ao presidente da Conferência, embaixador André Corrêa do Lago, pelo reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Pe. Anderson Pedroso, SJ, sintetizando três pedidos considerados essenciais para uma transição justa: fortalecimento do Fundo de Perdas e Danos; criação de um mecanismo robusto no Programa de Trabalho para Transição Justa; e reforma da Arquitetura Financeira Global, incluindo o cancelamento das dívidas climáticas.
No dia 21, a coletiva de imprensa reforçou os apelos da Companhia de Jesus e destacou a convergência entre fé, ciência e justiça socioambiental. As lideranças presentes ressaltaram que a crise climática afeta de forma desigual os mais vulneráveis e que a COP30 precisa avançar em mecanismos previsíveis de financiamento e implementação. A delegação recordou que a manutenção da meta de aquecimento abaixo de 01,5°C exige maior ambição e compromisso dos países, especialmente na proteção das populações que vivem em territórios mais expostos aos impactos do clima. O encerramento da Conferência ocorreu em meio a negociações intensas, incluindo o acordo preliminar que indica a Turquia como sede da COP31, com a Austrália na liderança das tratativas.






