Nesta quarta-feira, dia 10 de abril, alunos das graduações em Farmácia e Biomedicina da Unisinos recebem a perita químico-forense Trícia Kommers Albuquerque (foto) no Anfiteatro Padre Werner, para aula inaugural de ambos os cursos. A convidada atua no Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul e irá falar sobre sua experiência profissional.
Numa primeira reação quando o assunto é investigação criminal, muitos se recordam de programas ao estilo CSI, mas a realidade não é muito diferente. “A ficção se baseia em métodos reais”, observa Trícia, “só que também distorce um pouco os fatos, criando expectativas surreais”. De acordo com a perita, boa parte do que aparece nos seriados é viável, mas o contrário também acontece: “Por um lado, é útil porque dá visibilidade às ferramentas e tecnologias aplicadas, à profissão em si. Por outro, não é porque constrói a ideia de que um crime pode ser solucionado em apenas dois ou três dias, e isso é ilusão”.
A convidada trabalha com análises químicas, toxicológicas e genéticas desde 2001. Segundo ela, o ramo de perícias ainda está em processo de amadurecimento e consolidação no país. “É uma carreira relativamente nova no setor público brasileiro, porém já mostrou sua vitalidade em relação a processos judiciais e à Justiça como um todo”, comenta. E vantagens profissionais não faltam, principalmente para quem foge da rotina: “A área tem muita prática e variedade; cada ocorrência gera uma demanda específica”.
Durante o encontro, Trícia irá focar a genética forense, trazendo exemplos de casos e ferramentas utilizadas no exercício da profissão. Após sua fala, haverá um momento de discussão sobre os assuntos tratados.
Fonte: Unisinos