Pesquisa da PUC-Rio facilita a criação de softwares para rastreamento

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Com objetivo de facilitar o desenvolvimento e a implantação de aplicações para monitoramento e comunicação mobile, o Laboratory for Advanced Collaboration (LAC) do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC) acaba de criar o middleware Scalable Data Distribution Layer (SDDL). Esse sistema permite o monitoramento (rastreamento) e a comunicação eficientes e confiáveis entre uma central de operações e dezenas de milhares de nós móveis, que podem ser smartphones, tablets, veículos, sistemas embarcados móveis ou até mesmo robôs, utilizando qualquer rede sem fio. 
 
Um middleware é uma camada de software situada entre as diferentes plataformas dos dispositivos e as aplicações específicas, sendo responsável pela mediação na comunicação entre diferentes equipamentos, sejam eles móveis ou fixos. Este novo middleware do LAC tem um grande potencial como ferramenta de apoio ao desenvolvimento de aplicações mobile distribuídas, já que oferece facilidades para comunicação e compartilhamento instantâneos de dados de posição entre todos os integrantes (nós móveis) e pode ser usado, por exemplo, para o rastreamento de veículos, notificação de problemas de trânsito, avisos de emergência, localização de pessoas etc.
 
O grande diferencial do SDDL está na velocidade da entrega de mensagens, que ocorre em poucos milissegundos, e o apoio a aplicações em larga escala, isto é: com uma grande quantidade de nós móveis. “Enquanto as empresas de rastreamento por GPS no mercado enviam a posição do nó uma vez por minuto, ou até em períodos maiores dependendo do tamanho da frota, o SDDL suporta o envio periódico em intervalos de poucos segundos e para dezenas de milhares de nós móveis, aumentando, assim, a precisão da informação de localização monitorada”, explica o coordenador do LAC, Prof. Markus Endler. 
 
Os modos de comunicação do SDDL podem ser unicast, ou seja, para um único dispositivo, broadcast, para todos os dispositivos, ou groupcast, para um grupo específico de dispositivos. “As posições dos dispositivos móveis podem ser compartilhadas em tempo real com os outros. Isso pode ser crucial na coordenação de uma força tarefa, por exemplo”, ressalta o professor. “Outra possibilidade de aplicação é em grandes eventos, como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas, em que diversas pessoas com smartphones poderão se comunicar e se localizar mais facilmente. É possível também definir grupos de dispositivos que estão localizados em regiões geográficas específicas e enviar mensagens apenas para esses grupos, como por exemplo, alertas de ocorrências locais na região ou alertas”.
 
Fonte: PUC-Rio

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