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Preparação para o Grito dos Excluídos 2023

Em 13 de julho, o Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares) somou forças com as pastorais sociais na organização do Grito dos(as) Excluídos(as) na Arquidiocese de Manaus (AM). A iniciativa surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995, com o lema A fraternidade e os excluídos. Entre as motivações que levaram à escolha do dia 07 de setembro para a realização da manifestação estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência.  

O primeiro Grito dos(as) Excluídos(as) foi realizado em 07 de setembro de 1995, tendo como lema A vida em primeiro lugar, e ecoou em 170 localidades. A partir de 1996, a manifestação foi assumida pela CNBB, que o aprovou em sua Assembleia Geral, como parte do Projeto Rumo ao Novo Milênio – doc. 56 nº 129 (PRNM). A cada ano, o movimento se efetiva como uma imensa construção coletiva, antes, durante e após o 07 de setembro. Mais do que uma articulação, o Grito é um processo, é uma manifestação popular   carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos   sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Esse processo de reflexão e mobilizações acontece por meio de reuniões, lutas específicas do dia a dia, debates e formação de lideranças, que ocorrem durante o ano e tem seu tempo mais forte no mês de setembro.  

Em Manaus, as preparações abrangem a organização da Missa da Amazônia, em honra ao Dia da Amazônia, comemorado em 05 de setembro e que tem o objetivo de conscientizar toda a sociedade a respeito dessa importante riqueza natural. Amazônia é a maior floresta tropical do planeta e, sem dúvidas, uma das maiores riquezas da humanidade. Com quase 5 milhões de km2 de floresta divididos entre nove países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela), esse bioma apresenta 26% da sua área protegida em território brasileiro, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).  Porém, infelizmente, muitos ignoram essa proteção. 

O Dia da Amazônia surgiu como uma forma de chamar a atenção para esse bioma. A data foi escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II, em 1850. O objetivo da iniciativa é alertar a população sobre a destruição da floresta e de como podemos ter desenvolvimento sem que seja necessário acabar com essa importante fonte de biodiversidade. 

Esse ano, como em 2022, os eventos serão unificados. No dia 05 de setembro, logo depois da Missa da Amazônia, o povo sairá em caminhada ecoando o Grito das Excluídas e dos Excluídos, daqueles que sofrem pela falta de justiça, educação, saúde, território, transporte digno, floresta em pé, rios e Igarapés limpos, saneamento, água de qualidade, segurança, paz e tantos outros gritos que ficam presos na garganta daqueles que não têm voz, nem vez.  A Missa da Amazônia será no Centro da Família Padre Pedro Vignola, às 16 h. A concentração começará às 15h, no bairro da Cidade Nova 1, e, após a caminhada do Grito, seguirá até o Cruzeiro, também, na Cidade Nova.  

Fonte: Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares)

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