O Projeto Capoeira, História e Musicalidade realizou na sexta-feira, dia 28 de outubro, na Rua do Lazer, uma apresentação do grupo de capoeira Legião Brasileira. O evento que está sendo desenvolvido através de uma parceria com a FASA (Fundação Antônio dos Santos Abranches) e que foi idealizado por Andersom Fernando e Maresa Rebecca, ambos do curso de História da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), busca difundir essa expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música, e que é originária dos povos formadores da nossa cultura, como os índios, negros e escravos.
Andersom Fernando falou que a ideia em lançar o projeto, nasceu de uma experiência fora do Brasil, através de um intercâmbio cultural do qual ele participou na Noruega. Além disso comentou sobre o preconceito que essa arte carrega aqui no país. “O projeto nasceu da experiência fora do Brasil, pois foi onde encontrei o ambiente perfeito para propor esse tipo de atividade pedagógica. Lá, eu realizei algumas apresentações culturais e pude perceber o imenso valor que as pessoas deram, ao contrário do Brasil. Então, esse foi o fator predominante, foi o que me motivou a trazer para a Universidade a capoeira e quebrar com esse estigma de que ela é marginalizada apenas por representar culturalmente a periferia”, destacou.
O projeto ao todo conta com quatro grupos de capoeira. O grupo Capoeira Gerais, do Curado I, o grupo Raízes de Angola, de São Lourenço da Mata, a Escola Perna Pesada, de Recife, além do grupo Legião Brasileira, de Camaragibe que se apresentou esta noite. O professor do grupo Legião Brasileira, Traíra, comentou sobre os objetivos e os benefícios que a prática da capoeira permite. ” Nosso maior objetivo é o de educar e socializar nosso alunos. Como boa parte moram de regiões de risco, ou seja, são de áreas periféricas, buscamos livrar todos eles do caminho das drogas, do álcool e do tráfico”, afirma.
A aluna de Jornalismo Daniele Monteiro conta sobre a importância do evento. “Eu acho muito importante a propagação dessas atividades, pois elas resgatam e valorizam a nossa cultura, que por sinal é muito rica”, diz.
Por Gabriel Catunda (Unicap)