O Projeto FESP (Fundo Emergencial de Solidariedade da PUC-Rio) surgiu em 1997, como uma iniciativa do Pe. Javier P. Enciso, sj, com o propósito de auxiliar os alunos bolsistas a se manterem na Universidade. Em 2012, dos 24 cursos de graduação oferecidos pela universidade, o FESP atendeu alunos de 23 cursos.
Os principais auxílios concedidos pelo FESP são o transporte e a refeição, garantindo o deslocamento diário do aluno no trajeto até a universidade. Isso se reflete no desempenho dos alunos. Segundo um relatório da instituição, os alunos atendidos pelo projeto tem rendimento acima da média exigida pelo governo. O professor e vice-reitor para Assuntos Comunitários, Augusto Sampaio, acredita que o aluno atendido pelo projeto tem mais tempo para os estudos, o que ajudaria no desempenho acadêmico.
“Observamos que nos últimos semestres letivos, a média dos coeficientes de rendimento dos alunos atendidos pelo FESP se manteve em 7,5. Os programas públicos de incentivo a pesquisa, CAPES, CNPQ e FAPERJ, exigem do aluno um aproveitamento acadêmico de 70%. Acredito que ao facilitar a permanência, permitimos que o aluno se dedique exclusivamente ao estudo e tenha condições de usufruir de toda a infraestrutura que a PUC-Rio proporciona aos seus alunos, tais como as bibliotecas e os laboratórios de informática, potencializando assim o seu desempenho acadêmico”, afirma o vice-reitor.
A formanda do curso de Serviço Social, Adriana da Silva Carvalho, estudou com bolsa integral e durante esse período participou do projeto FESP. Ela afirma que o projeto foi importante para que conseguisse concluir a graduação e que sempre sonhou em cursar uma universidade. “Sempre acreditei que pudesse entrar numa faculdade, mesmo com as dificuldades enfrentadas por causa das falhas do ensino público, sempre tive como uma das principais perspectivas da minha vida poder cursar o ensino superior. O FESP foi de extrema importância para que eu concluísse minha graduação, pois eu não teria condições financeiras de arcar com os custos da universidade”, declara Adriana.
A maioria dos alunos atendidos pelo projeto são de escolas públicas, alunos que muitas vezes não tem perspectiva de cursar uma universidade. O vice-reitor para Assuntos Comunitários, afirma que projetos como o FESP possibilitam não só o ingresso no Ensino Superior, como também a permanência desses alunos durante a graduação. “Atualmente, muito se ouve falar dos programas de acesso ao ensino superior seja no âmbito público ou privado. Na prática, percebemos que em algumas situações, é preciso mais do que garantir o acesso, promover a permanência destes alunos. Projetos como o FESP são complementares as politicas inclusivas que viabilizam o acesso e fundamentais para que o aluno bolsista em perfil filantrópico conclua a graduação”, declara Augusto Sampaio.
O Projeto FESP garante que mais pessoas tenham oportunidade de chegar ao Ensino Superior. “Um dos motivos para eu ter escolhido a PUC-Rio foi exatamente saber que aqui teria um projeto que poderia me auxiliar com os custos da faculdade, principalmente passagem e alimentação, porque só a bolsa de estudo não garante que possamos cursar e concluir o ensino superior”, diz Adriana.
Fonte: PUC-Rio