A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) volta a participar, em 2013, do Projeto Rondon. A Universidade será representada por oito alunos e dois professores, que atuarão no projeto de integração social, entre os dias 19 de janeiro e 4 de fevereiro de 2013, no município de Batalha, sertão de Alagoas.
O grupo composto pelos professores Daniel Malaguti e Jorge Langone, do departamento de Artes e Design, e pelos alunos Martha Pedalino, Julia Sá Earp e Fernanda Sampaio, de Artes e Design, Thiago Costa, de Ciências Sociais, Luiz Salgueiro, de Engenharia de Produção, André Aranha, de Ciências Econômicas, Michele Nojima, de Psicologia, e Natasha Dantas, de Engenharia Ambiental, tiveram apoio da Universidade para participar do projeto. Eles pretendem capacitar lideranças locais a fim de dar continuidade ao trabalho.
Segundo o professor Daniel Malaguti, coordenador do grupo de voluntários da PUC-Rio no Projeto Rondon, as propagandas no interior do estado e em outras regiões do país são mais fortes do que nas metrópoles. “Por isso, demorou para que a Universidade tivesse conhecimento do Projeto”, comentou. O grupo encaminhou a proposta de participação no projeto à Vice-Reitoria Comunitária e ao Departamento, pois a Universidade é que deve inscrever o projeto.
As principais regiões onde o Rondon atua são aquelas com índices de pobreza e exclusão social acentuadas, e, também, aquelas com áreas isoladas do território nacional que necessitam de maior suporte de bens e serviços. As regiões Norte e Nordeste são prioridades.
O Ministério da Defesa aloja o grupo de universitários no quartel, onde os voluntários têm apoio militar. Essas são garantias de segurança para os colaboradores do projeto, porque nas regiões visitadas pelos voluntários há muita violência, prostituição e usuários de crack.
Malaguti explica que o objetivo dos trabalhos é dar voz às comunidades visitadas, e a partir do que elas sabem, organizar uma linha de ação. “Buscamos oferecer uma reciclagem de conhecimentos, trazer algumas coisas novas, informações e dinâmicas que contribuam para a realidade de cada comunidade. É importante trabalhar com dinâmicas, pois é uma oportunidade de conhecer mais a população, chegando sem impor nenhum tipo de cultura. É um desafio” comenta Malaguti.
Segundo o professor, o trabalho de campo é fundamental para a adaptação da teoria à prática. “Já tínhamos feito um projeto, mas quando chegamos ao local vimos uma realidade diferente. Tínhamos em mente um projeto para reciclar lixo orgânico, mas vimos que a questão já estava resolvida”.
Com o objetivo de contribuir para a formação do universitário como cidadão e integrá-lo ao processo de desenvolvimento nacional, a atividade, idealizada pelo governo federal em 1967, teve grande atuação no país entre 1970 e 1980. Extinto em 1989, o projeto foi reativado em 2005, no governo Lula. Para saber mais informações sobre o Projeto Rondon, acesse o site.
Fonte: Jornal da PUC-Rio (Edição 265)/ Foto: Reprodução